31 agosto 2014
Guerras por princípios III
já não é controverso
Evidence for Predicting Global Cooling for the Next Three Decades
Não há aquecimento global há17 anos e provavelmente a temperatura da Terra vai continuar a descer até 2030.
Os aquecimentistas reconhecem que "há um hiato no processo de aquecimento antropogénico" e os cépticos pensam que são apenas variações naturais (eu conto-me entre estes últimos).
Uma coisa é certa, os modelos que sustentaram a hipótese do aquecimento global estavam errados. Este é um facto incontestável, reconhecido pelos seus autores.
Nesta fase do campeonato, julgo que a utilidade da chamada "opinião contrária" já é pouca. Ainda este fim de semana, no Expresso, reconhecia-se que há poucas certezas em relação ao clima e que não se sabe bem qual é o papel do CO2.
Assim sendo, vou deixar de me pronunciar sobre este assunto. Vou reservar as minhas opiniões contrárias para temas em que estas ainda constituam blasfémias.
o problema do socialismo é o capitalismo
Direitos como as reformas, acesso ao ensino e à saúde, férias pagas, subsídios de doença e desemprego, contratação coletiva ou entraves ao despedimento, são tudo criações legais que podem existir ou não, dependendo da vontade das populações. O que aconteceu no mundo ocidental foi que as indústrias saíram desse espaço para outros onde esses direitos não existem.
Com isso, descapitalizaram o mundo ocidental e tornaram a SD insustentável. Na vida, já se sabe, não há almoços grátis. Se quisermos voltar a ter a SD no ocidente teremos que efectuar alterações profundas na ordem mundial: voltar a impor barreiras alfandegárias (impedindo o dumping social) e controlar os mercados de capitias e os offshore.
Gabriel Leite Mota, Economista da Felicidade - hoje no Público
O socialismo democrático, ou a social-democracia se preferirem, colapsou devido à globalização e aos mercados. Esta perspetiva parece dominar o pensamento maioritário das luminárias da esquerda moderna, protagonizada por figuras como Renzi e Valls.
No texto que reproduzi em cima, o Economista da Felicidade GLM faz eco deste pensamento sugerindo soluções como "barreiras alfandegárias" e "controle dos mercados". Não sei como é que o autor compatibiliza este ataque à liberdade com a felicidade, mas estou certo que deve pensar que é compatibilizável. Os socialistas nunca compreenderam que para se ser feliz temos de ser livres.
O que eu gostaria de destacar é que esta maneira de pensar dos socialistas modernos assenta num pressuposto ridículo, equivalente a afirmar que o problema do socialismo é a existência de capitalismo, LOL. Ou que se todos os países do mundo fossem socialistas o socialismo seria viável, LOL de novo.
30 agosto 2014
Guerras por princípios II
Guerra por princípios
Há 100 anos
state of war
Russia invades Ukraine
Russia violates Finnish airspace three times in a week
Europeans have to take the lead in their own security
Don't mess with nuclear Russia
Rethinking
29 agosto 2014
Relações internacionais em fronteiras e soberanias instáveis
o pai-coruja
Violaçöes de fronteiras e soberanias reconhecidas
28 agosto 2014
Guerra II (complemento)
Guerra II
são indústrias
produtividade
não podemos ser uma ilha
Manuel Valls - primeiro-ministro de França
Comentário: É uma realidade incontornável. Neste contexto, o socialismo é maligno, não nos deixa competir.
guerra
Mais ou menos no momento em que o ataque obviamente proporcional e defensivo por Israel ultrapassava as 2000 vitimas e a destruição sistemática de plataformas de lançamento de mísseis em Gaza (sensivelmente qualquer m2 que seja plano), nesse preciso momento dizer (Carlos Abreu Amorim repetindo diligentemente Netanyahu) que o Hamas é Igual ao ISIS, pode ser, vá lá, um pouco forçado. Não sei se o ISIS já tinha aí provocado 2000 mortes...
Há a tese brilhante do MEC. Se o Hamas não o faz, é porque não pode. Vaí daí, qualquer reacção constitui uma resposta antecipada ao que aconteceria se pudessem. O que, explorando a lógica, como numa guerra, um lado quererá no fundo, exterminar o outro, mais valerá exterminar de uma vez.
Mas... vamos ver se a seu tempo, Israel não precisará da ajuda, ainda que indirecta do Hamas... e de Assad...e do Irão.
PS: ISIS Declares War On Hamas And The Muslim Brotherhood
http://shoebat.com/2014/08/23/isis-declares-war-hamas-muslim-brotherhood/
PS2: mísseis do Hamas.
27 agosto 2014
«J'aime l'entreprise, j'aime l'entreprise !»
«Cessons d'opposer Etat et entreprises, chef d'entreprises et salariés, syndicats et patronat», a d'abord lancé le Premier ministre avant d'enchaîner : «La France a besoin de ses entreprises de toutes ses entreprises (...) car ce sont les entreprises qui, en innovant, en risquant les capitaux de leurs actionnaires, en mobilisant leurs salariés, en répondant aux attentes de leurs clients créent de la valeur, génèrent de la richesse qui doit profiter à tous».
Parce qu'elles «créent des emplois», parce qu'elles permettent «l'innovation», parce qu'elles structurent «l’organisation, la cohésion, l’identité de nos territoires», parce qu'elles «participent à la force et à l’image de la France dans le monde», les entreprises sont aux yeux du Premier ministre le premier levier du retour de la croissance. «Nous vivons dans une économie de marché, dans un monde globalisé… Si si, dans un monde globalisé. Certains le nient, mais c’est la réalité. Et la France n’a donc pas à faire exception ! Car quand les entreprises gagnent, c’est la France qui gagne», a asséné Manuel Valls, qui aura au total prononcé le mot «entreprise» près d'une cinquantaine de fois.
Le Parisien
PS: Tiro o chapéu ao Manuel Valls
sobre a liberdade
Papa João Paulo II
A única liberdade digna desse nome é a de poder lutar pelo nosso próprio bem, à nossa maneira, sem limitar o bem dos outros ou os seus esforços para o atingir
John Stuart Mill
a política é para ajudar os amigos
26 agosto 2014
os liberais devem ser claros
liberal ou pateta
25 agosto 2014
o objectivismo é imbecil
Carlos Duarte, nesta caixa de comentários
PS: Os portugueses têm ódio à liberdade - enquanto direito cívico, como eu mencionei neste texto. Apostava que o nosso leitor Carlos Duarte nunca leu um livro da Ayn Rand.
liberdade ou igualdade
Indivíduos igualmente livres vão poder agir diferentemente. Dessas diferentes acções, resultarão diferentes resultados. Logo, da liberdade igual perante a lei — um princípio crucial do Estado de direito — resulta a desigualdade de resultados.
Isto significa que uma presunção da liberdade implica uma presunção da desigualdade. Em alternativa, uma presunção da igualdade (como obviamente é a preferência de Thomas Piketty) implica uma negação da presunção da liberdade. É certamente possível negar a presunção da liberdade — mas é preciso dizê-lo abertamente, além de o justificar, o que não é o caso neste livro.
João Carlos Espada, no Público
Líbia
24 agosto 2014
rational self-interest II
Mises, in Human Action
rational self-interest
23 agosto 2014
tuning sexual
sobre a natureza do socialismo
Anda, atrévete
... el cuerpo adolescente de Maribel Verdú exhibía una lencería sugerente, mínimas bragas caladas, un sostén rebosante y un mohín oferente entre ingenuo y malvado en los labios. Era entonces Maribel una modelo publicitaria explosiva de 13 años, un auténtico pastel de carne.
22 agosto 2014
sobre o capitalismo e o socialismo em Portugal
e se ele fala?
Ler este artigo: Família Espírito Santo foi a principal financiadora da campanha de Cavaco em 2006
PS: Assim como o Zé Grande, a mulher e os 2 filhos
21 agosto 2014
bicefalia
PS: Em condições normais o(s) acionista(s) nomeiam uma gestão da sua confiança, com um mandato específico, e não se envolvem no dia-a-dia das empresas. É necessário esclarecer quem manda no BES, em caso de dúvida o actual CEO deve demitir-se o mais rapidamente possível. Como não estamos em condições normais podemos dar algum benefício da dúvida, mas não por muito tempo.
O escudo
E mais tarde algo correria mal com a balança de pagamentos (quantas vezes correu?) e o FMI teria de intervir.
So, what´s the point?
faz-lhe saltar a tampa
JMF, no Observador
Comentário: E as razões são óbvias, é porque mudamos de primeiros-ministros mas não mudamos de políticas. Como tenho vindo a realçar, não há diferenças significativas entre o PS e a coligação PSD/CDS (ver aqui e aqui, por exemplo)
A arrelia do JMF com o discurso de Costa - que chega a qualificar de horrendo - só pode portanto dever-se a questões pessoais. O Costa faz-lhe "saltar a tampa", como diz a populaça.
If I were advising
"It would be very costly to leave the euro, a form of default, but staying in the euro is also very costly for these countries. The Europeans have created a system that is worse than the Gold Standard. Countries are in the same position as Latin American states that borrowed in dollars," he said.
20 agosto 2014
Com moeda própria é assim:
PS = Coligação PSD/CDS II
o novo rosto do socialismo na Europa
Comentário:
Uma leitura atenta deste artigo revela que os investidores alemães se retraíram, por falta de confiança na política económica do governo alemão.
Destaque para o abandono do nuclear e para a "agressiva estratégia de investimento nas renováveis"; para as restrições ao trabalho temporário; para as reformas antecipadas (aos 63 anos); e para o aumento do salário mínimo (8,5 €/hora).
Um conjunto de políticas socialistas que estão a diminuir o potencial germânico.
MEC deixa escapar a sua religião
Vamos passar a apoiar sem neutralidade um dos lados em todos os conflitos nacionalistas por aí foram que não nos dizem respeito, ou, como lhe chamo, as guerras para decidir quem tem o monopólio da violência em que km2 do planeta.
E acrescenta: "É preciso escolher Israel – tanto pela causa de Israel como pela nossa. O resto é cobardia, aldrabice, desprezo e estupidez."
Só falta (será que falta?) a acusação de anti-semitismo a quem quiser (por todos os motivos e mais alguns) manter-se neutral. Ficaria perfeito.
PS = Coligação PSD/CDS
O Ministério da Saúde tem feito "vários contactos em vários países" para colmatar as principais falhas de médicos de família, sendo a contratação externa de clínicos "sempre uma possibilidade em cima da mesa", disse a ministra da Saúde. Falando no final de uma "tertúlia" sobre saúde promovida pelos candidatos do PS às eleições legislativas pelo círculo de Santarém, realizada segunda-feira à noite, Ana Jorge disse esperar que a contratação recente de 44 médicos cubanos responda às necessidades mais prementes do país.
2014
Paulo Macedo importa mais 51 médicos cubanos, a 4.270,00 €/ capita
Comentário: Gostaria de sublinhar, novamente, que não há diferença significativa entre as políticas do PS e da coligação. Este é apenas um pequeno exemplo.
Os liberais que não reconhecem esta realidade alienaram-se de pensar.
19 agosto 2014
o ódio ao sucesso é "xenofobia"
a resistência do norte II
Rui Ramos, no Observador
Comentário: Um excelente artigo sobre "a resistência do Norte", um tema a que me referi aqui
moeda parada
Ora, em boa verdade, a moeda num dado momento está sempre "parada", ou no bolso A ou no bolso B. A moeda não é um bem de consumo nem um bem de investimento mas faz sim parte de uma terceira categoria - um meio de troca - que só por isso cumpre uma utilidade máxima: tornar possível a civilização da cooperação pacífica por especialização e troca voluntária. Assim, "parada" em termos de não produzir em pleno um serviço útil é que nunca está.
E ainda que fosse possível dividir a moeda existente entre moeda "parada" e a não "parada" em que é que a moeda "parada" impede a produção e a troca a um certo nível de preços com a moeda "não parada"? Nada.
depois admiram-se da descredibilização do economista
18 agosto 2014
caça às bruxas
Procuram-se culpados para a falência do BES.
Uma verdadeira caça às bruxas.
Só há um - o Euro.
Quem mais poderia ser?
Em outros países da nossa cultura católica, como a Argentina, que adoptou uma política monetária semelhante à nossa com o Euro, e em que igualmente houve bancos a irem à falência, também era o Dr. Ricardo Salgado o Presidente desses bancos?
Mas então, se os Presidentes dos bancos são diferentes, e aquilo que é comum é a cultura e a política monetária adoptada, de quem é a culpa - dos Presidentes dos bancos ou da política monetária adoptada (já que, quanto à cultura, nada podemos fazer)?
Quem devia estar nas primeiras páginas dos jornais a ser apontado como responsável pela falência do BES é essa cambada de pacóvios que nos meteram no Euro - alguns eram economistas, mesmo professores de Economia, e um deles, pelo menos, continua a ocupar um alto cargo institucional.
Está tudo dito acerca da capacidade (democrática) dos portugueses para escolher governantes.
Vai ser assim
Entre 1991 e 2002 a Argentina adoptou uma política monetária que consistia em manter a paridade do peso em relação ao dólar. Para efeitos práticos esta política é semelhante à Argentina ter adoptado uma moeda única, o dólar, com os EUA.
O sistema ruiu em 2002. Veja a descrição do colapso do sistema. Vê semelhanças com algum país da Zona Euro em 2014? Prepare-se para viver a mesma situação. Vai ser assim o fim do Euro em Portugal.
Haveria necessidade?
O texto é citado daqui e os bolds são meus.
Desde o início dos anos 90, a Argentina havia acumulado pesada sobre-valorização cambial, parcialmente compensada, porém, pela política cambial do Brasil entre julho de 1994 e janeiro de 1999. A partir de 1999, o panorama cambial se modificou para a Argentina em razão da supervalorização da sua moeda âncora, o dólar, em relação a diversas outras moedas, especialmente o real e o euro. Dado que a lei de conversibilidade imobilizava a taxa de câmbio bilateral com o dólar, o peso argentino foi arrastado para o alto. Um movimento de expressiva valorização cambial era, como já mencionado, exatamente o contrário do que a Argentina precisava. Agravaram-se, com isso, os crônicos problemas de competitividade da economia argentina, o desequilíbrio das contas externas e a dependência em relação a financiamento internacional.
Em 2001 o currency board da Argentina entrou em agonia. Ironicamente, coube a Domingo Cavallo administrar a fase terminal do modelo por ele introduzido dez anos antes. Em abril, já em desespero de causa, o presidente De la Rúa resolvera reconduzi-lo ao cargo de ministro da Economia. A situação beirava o inacreditável: De la Rúa, que havia sido eleito como candidato da oposição a Menem, confiava a condução da economia ao principal responsável pela estratégia econômico-financeira do seu antecessor! A missão do novo ministro, que se transformou imediatamente em uma espécie de primeiro-ministro, era tirar a economia argentina da recessão e, ao mesmo tempo, preservar o regime monetário.
Missão impossível. Os rígidos dispositivos introduzidos em 1991, com o intuito de estimular a confiança e garantir a credibilidade do peso, transformaram-se em fonte de instabilidade e incerteza. Tentativas de flexibilizar pontualmente o modelo monetário-cambial e a política econômica tendiam a despertar ainda mais desconfiança. A incapacidade de pagamento dos governos nacional e provinciais tornou-se indisfarçável. Sucessivas manobras financeiras e fiscais, incluindo empréstimos emergenciais do FMI e de outras fontes oficiais, operações onerosas de troca de títulos públicos e medidas draconianas de ajustamento fiscal, não conseguiram evitar que, no final do ano, o ministro Cavallo tivesse que reconhecer a necessidade de reestruturar as dívidas públicas interna e externa. A dívida interna chegou a ser renegociada, com redução de juros e alongamento de prazos, no apagar das luzes da sua gestão, em dezembro de 2001 (10). Contudo, essas providências não foram mais suficientes para impedir a derrocada do modelo.
Ao longo de 2001, cresceu a desconfiança em relação ao sistema financeiro argentino. Como se podia prever, a recessão prolongada gerou inadimplência dos devedores privados e queda na qualidade dos ativos bancários, abalada também pelas já referidas dificuldades de pagamento do setor público. A desconfiança levou a saques de depósitos e aplicações e à fuga de capitais para o exterior. Essa última foi facilitada, evidentemente, pela livre conversibilidade da moeda. É provável que os próprios bancos, especialmente os estrangeiros, tenham servido de conduto para a fuga de capitais e até remetido recursos próprios para o exterior. Uma corrida bancária em novembro acabou levando o governo a bloquear os depósitos do público, uma das últimas medidas do governo De la Rúa. Essa decisão não só destruiu a confiança no sistema bancário, como acabou sendo um dos principais estopins de uma crise política que levaria ao fim prematuro do governo, dois anos antes do final do mandato para o qual fora eleito.