1. “Ser liberal não é um erro”, ser liberal é uma necessidade. Enquanto expressão genética única, cada indivíduo necessita de ser livre para expressar no domínio da realidade as sua potencialidades.
2. A liberdade transformada em ismo; o liberalismo não nega a virtude porque assegura o único caminho que conhecemos para o sucesso da espécie, definido como o Bem, que escapa à esfera de acção do próprio, mas de que o próprio depende para a sua felicidade. O sucesso da espécie confere um objectivo transcendental à existência individual.
3. O livre arbítrio não resulta da Salvação ou Condenação. O livre-arbítrio é uma qualidade da nossa espécie, “que foi criada à semelhança de Deus”, para usar esta metáfora.
4. Quando as nossas acções se enquadram no Bem, somos virtuosos. O Mal deve ser reprimido porque é uma ameaça à eternização da espécie.
5. Os desejos humanos são os mesmos de qualquer outro mamífero: crescermos e multiplicarmo-nos. Não são insondáveis. Os filhos eternizam os nossos genes e a relação pais-filhos não é uma relação de fortes-fracos.
6. O materialismo é incompatível com a liberdade. Os seres humanos são transcendentais, porque aspiram à imortalidade (Deus, instinto religioso).
7. O colectivo tem primazia sobre o individual e a virtude só se realiza no Bem comum.
8. O Bem comum emerge da acção agregada de indivíduos livres.
9. A democracia, se for uma tirania da maioria, pode ser iliberal.
10. Os direitos cívicos são as regras do evolucionismo social e cultural. Estão escritos no coração dos homens (Agostinho), porque os herdámos dos nossos antepassados ancestrais (têm uma predisposição genética).
PS: Muito obrigado ao Corcunda e ao Rui por este post. Estas reflexões, pela sua idiossincrasia, são apenas uma visão pessoal.
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