26 novembro 2008

Lóbi


A imprensa de hoje relata com algum destaque que a campanha presidencial de Cavaco Silva foi em parte financiada com donativos de individualidades ligadas ao BPN, incluindo o próprio Oliveira e Costa.

Pelo que tive oportunidade de ler, nenhum dos donativos em causa excedeu o limite previsto na lei e, ao que tudo indica, todos foram concretizados por cheque ou por transferência bancária.

Por isso, não entendo o porquê de tanto alarido. E não vejo qualquer inconveniente no facto de alguém apoiar um determinado candidato presidencial. Em especial no nosso país, onde é público que a generalidade das personalidades que contribuem com donativos para campanhas políticas o fazem indiscriminadamente em relação a vários partidos ou candidatos.

A nossa verdadeira indignação devia estar concentrada nos lóbis empresariais que, de forma anónima, circulam nos corredores da Assembleia da República sem qualquer restrição. Esses sim, cozinham em privado aquilo que querem que ninguém prove em público.

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