Em posts anteriores afirmei que D era o fundamento do livre arbítrio humano, isto é da liberdade. Esta premissa é fundamental para entendermos a natureza humana e validarmos conceitos éticos como o bem e o mal. Sem livre arbítrio ninguém poderia ser responsabilizado pelos seus actos e não nos distinguiríamos dos outros animais.
Para os materialistas o livre arbítrio é uma impossibilidade científica porque seria violado o principio da causalidade. Outras correntes filosóficas aceitam esta impossibilidade e contentam-se apenas com a ilusão do livre arbítrio. Para mim, estas perspectivas são tacanhas.
A causalidade implica tempo e espaço. Dizer que B foi causado por A implica que decorreu um determinado tempo entre A e B, se A e B fossem simultâneos não seria possível estabelecer qualquer causalidade. De igual modo, A causou B num determinado espaço, em dimensões diferentes a causalidade não teria lugar, nem a conheceríamos.
O desenvolvimento do conceito de existência absoluta, ou de D, sem tempo nem lugar, permite-nos, no nosso pensamento, isolarmo-nos dos requisitos temporais e espaciais da causalidade e conquistarmos a liberdade. No nosso corpo físico continuamos presos ao determinismo materialista, mas, no nosso espírito (pensamento, alma), em D (Ser, categoria lógica), somos livres.
Eis porque sustento que Deus é o fundamento da liberdade humana. Na Bíblia, no Génesis, 1:26, afirma-se que: “Deus criou o homem à Sua imagem..”. É uma metáfora fantástica porque, sob o ponto de vista racionalista (não estou a falar de fé!), só assim poderíamos ser livres!
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