O laicismo é uma doutrina filosófica materialista, racionalista e relativista. Em posts anteriores (aqui e aqui) já referi as insuficiências e perigos desta doutrina, em particular no que se refere às ameaças que coloca à liberdade e ao progresso.
Cabe agora analisar o enquadramento cultural do laicismo e diagnosticar a tipologia dos seus fiéis na matriz BLIF. Serão os laicos lunáticos ou intéis (intelectuais)? Básicos ou frouxos?
Uma vez que o sentimento religioso depende bastante da imaginação criativa e da elevação do espírito, podemos de imediato restringir a nossa análise aos quadrantes inferiores do BLIF. Por certo o laicismo, enquanto materialismo, atém-se à realidade e rejeita fantasias. Por outro lado o laicismo, enquanto racionalismo, rejeita o emocionalismo e portanto está desviado para a direita na linha da emoção/razão. Claro que o laicismo não é dos básicos, mais afoitos à histeria e ao misticismo. O laicismo é dos frouxos! É este o meu diagnóstico.
A falta de imaginação, o embotamento dos instintos, a falta de direcção e a indecisão são os ingredientes do laicismo. Calculo, portanto, que os frouxos serão os principais clientes desta doutrina.
Quanto aos intéis, tão atreitos a delírios fantasistas como os lunáticos, devo esclarecer que, pelas razões invocadas, nunca poderão ser verdadeiros laicos. Apenas substituíram a fé em Deus pela fé nas suas próprias ideologias. São muito mais perigosos que os frouxos porque atraem para as suas causas e agendas políticas os básicos e os lunáticos.
Seria útil que os racionalistas, pelo menos os tesos, ajudassem a desmascarar os intéis, enquanto pseudo-laicos. Todos viveríamos com mais tranquilidade.
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