30 janeiro 2008
todo o laicismo é reaccionarismo
O laicismo está regra geral associado à modernidade e pode portanto parecer ilógico conotá-lo com o reaccionarismo que está associado ao passado.
Se analisarmos contudo a natureza do laicismo poderemos concluir com facilidade que o laicismo não tem nada de progressista e que pelo contrário é puro reaccionarismo.
Sendo o laicismo materialista e racionalista, limita os seus apóstolos, por definição, a um leque de opções fechadas sobre si próprias. Confinadas ao domínio do material tanto quanto a razão as consegue analisar. O progresso, porém, depende de sermos capazes de conceber o futuro enquanto visão de um mundo melhor, muito para lá da nossa existência material. Daí a necessidade do divino como elemento essencial do progresso e a demonstração da minha tese de que o laicismo impede o progresso: Todo o laicismo é reaccionarismo!
Todas as grandes civilizações se desenvolveram na busca do divino, no cumprimento do que os homens entendiam ser a vontade de Deus. Portugal, em particular, prosperou sempre que os nossos líderes elevaram os seus desígnios para além do material. Atentemos, por exemplo, na lendária visão de Afonso Henriques, antes da batalha de Ourique, quando Deus lhe disse: “Quero em ti e na tua geração criar um império para mim”, e na sua influência.
Cingidos ao domínio do materialismo racionalista e com a alma minada pelo relativismo ético nunca teríamos construído um império. Adoptando o laicismo, hoje, comprometeremos o futuro e, como procurarei demonstrar noutro post, eventualmente comprometeremos a nossa liberdade.
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