15 fevereiro 2008

individualismo

O individualismo é a doutrina que considera que, em matérias sociais, o indivíduo é a única unidade de valor, porque cada homem é um fim em si próprio (Ayn Rand).
A expressão politica do individualismo é um sistema de respeito absoluto pelos direitos individuais. Esses direitos são o direito à vida, à liberdade, à propriedade e o direito à procura da felicidade.
Pela sua própria natureza, os direitos individuais são direitos à acção – especificamente são direitos à liberdade de acção. Significam ausência de coerção ou interferência de outros homens. Os direitos individuais não impõem deveres sobre os outros, apenas uma obrigação negativa: os outros não podem violar os nossos direitos (Ayn Rand).
O Estado que adopte o individualismo constitui-se para garantir o direito à vida dos cidadãos. “In a free country citizens are the masters whereas those in government and public administration are their súbditos. These men and women in positions of power are supposed to serve the citizens and that is why they are called public servants in anglo-saxonic countries” (Pedro Arroja).
As democracias são sistemas de governo maioritário. Quando as democracias não reconhecem o carácter absoluto dos direitos individuais transformam-se em ditaduras da maioria. Estas são tão condenáveis moralmente como qualquer outro sistema político colectivista. Em Portugal vivemos numa ditadura da maioria.
Os básicos não se cansam de repetir que a democracia é a pior forma de governo, mas a melhor de todas as outras. Trata-se de um afirmação simplória e emocionalista. O equilíbrio perfeito só se atinge nas repúblicas, como nos EUA. Por isso é que George Bush pôde afirmar, no seu primeiro discurso de tomada de posse, que “nunca ninguém insignificante nasceu nos EUA”. No sistema politico norte-americano todos são cidadãos e não há súbditos.
Surpreende-me sempre porque razão tantas pessoas estão dispostas a abdicar dos seus direitos individuais e se tornam servos de novos senhores. E é aqui que entra a explicação religiosa, devem atribuir uma divindade qualquer ao poder e clamam “seja feita a Vossa vontade”.

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