21 setembro 2024

A Decisão do TEDH (346)

 (Continuação daqui)

Ai aperta, aperta...


346. Agora, não larga


Em relação ao post em baixo do Joaquim:

No que respeita ao Prado Coelho, e a outros como ele, eu achava graça a vê-lo espernear, a tal ponto que, mais tarde, reproduzi alguns dos seus escritos neste blogue (cf. aqui).

O pior aconteceu quando, anos depois, viram um liberal, praticamente sozinho, a fazer nas calmas e com toda a facilidade, por mecenato, um hospital de crianças que, desde 2008 (tempo de José Sócrates) o Estado deixara por fazer, e as dificuldades aumentaram quando a geringonça, no final de 2015, chegou ao poder.

Isso era mais do que eles podiam aguentar.

Séculos de Inquisição deixaram uma boa parte dos portugueses abúlicos e sem capacidade para discutir ideias mas, apesar de tudo, o Prado Coelho jogava jogo limpo através da comunicação social. 

O que viria a seguir era diferente, era o próprio Estado, sob o controlo dos estatistas, atrás do liberal, utilizando a  maquinaria judicial. Vale a pena relembrar alguns elementos curriculares dos juízes do Tribunal da Relação do Porto (TRP) que condenaram o liberal: um era um ex-candidato do PS a uma Câmara Municipal (cf. aqui), o outro era um católico fundamentalista, fiel seguidor da economia da comunhão (cf. aqui).

Mais azar na escolha "aleatória" dos juízes no TRP o liberal não podia ter tido. Ainda por cima no TRP, o Tribunal da Relação da cidade que maior fama tem no país de ser liberal. Foi pelo Porto que entrou a revolução liberal de 1820 e foi também o Porto que maior influência recebeu do liberalismo britânico através da indústria do vinho do Porto. Foi ainda no Porto que viveu o maior intelectual liberal português do século XIX - Alexandre Herculano.

Mas não há mal que sempre dure. Finalmente, com a Decisão do TEDH, o liberal apanhou o Estado e os estatistas by the balls.

E, agora, não larga.

(Continua acolá)

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