22 abril 2024

A Decisão do TEDH (120)

(Continuação daqui)




120. Presidente Pinto da Costa


O comentário que me levou ao banco dos réus, e agora ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (cf. aqui), foi produzido no Porto Canal (cf. aqui).

O Porto Canal é um canal regional, propriedade do F. C. Porto e, portanto, em última instância, o seu patrão é o Presidente Pinto da Costa. 

Conforme consta do meu cadastro criminal (cf. aqui), eu sou nascido em Lisboa, muito perto dos estádios dos dois grandes rivais do F. C. Porto. Aos cinco anos, o meu pai inscreveu-me como sócio do Benfica (que, desde há muitos anos, já não sou) e, ainda hoje, o meu grande ídolo desportivo é o Eusébio, a cuja estreia assisti no Estádio da Luz.

Quem me convidou para comentar semanalmente no Porto Canal foi o seu director na altura, Júlio Magalhães, que eu já conhecia da RTP-Porto no final dos anos 80. 

Nunca exigi nenhum pagamento, apenas que pudesse apelar, através do Porto Canal, à sociedade portuense e ao país em geral para que ajudassem a Obra do Joãozinho relativa à construção, por via mecenática, da ala pediátrica do Hospital de S. João do Porto.

Mais tarde, apelei directamente ao presidente Pinto da Costa. Acabámos a organizar um Grande Jantar de Gala no Pavilhão do Estádio do Dragão em favor da Obra do Joãozinho, transmitido em directo pelo Porto Canal e com a presença graciosa do Paulo Gonzo e do Rui Reininho.

Em Portugal, nunca tive grandes manifestações de apreço (no estrangeiro, tive algumas), mas também não as procuro, na realidade, acabei um criminoso. Uma das raras que tive em Portugal foi do Presidente Pinto da Costa. Não foram mais que duas linhas.

Porém, é uma grande ironia que um lisboeta de gema, um benfiquista de nascença, e um futuro criminoso, recebesse tão gratas palavras de apreço por parte da figura maior da história do F.C. Porto: cf. aqui.

É prova de que ele é um grande cavalheiro.

(Continua acolá)

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