O actual director-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, parece estar de partida, regressando à política activa como, mais do que provável, candidato às próximas presidenciais francesas. Neste contexto, a imprensa internacional já vai dando conta das movimentações em curso e dos principais candidatos para substituir Strauss-Kahn. O nome de Gordon Brown tem sido um dos mais comentados, porém, o seu sucessor em Downing Street, David Cameron, já deixou claro que vetará Brown. A argumentação de Cameron é simples e faz sentido: tendo o seu antecessor deixado o Reino Unido perto da insolvência, não faz sentido nomear aquele antigo responsável para um cargo desta natureza.
Além disso, há ainda outro critério, que, provavelmente, jogará contra candidatos europeus ou norte-americanos, e que diz respeito ao acordo tácito entre os membros do FMI, estabelecido por altura da tomada de posse do actual detentor da pasta, de que o próximo director-geral seria oriundo de um país emergente. Assim sendo, eu tenho uma sugestão: Henrique Meirelles, que há poucos meses abandonou a presidência do Banco Central do Brasil, onde, aliás, fez um magnífico trabalho, do qual tenho dado conta aqui no blogue (ler este post). Na minha opinião, Meirelles daria um excelente director-geral do FMI e, bem vistas as coisas, a Portugal também daria jeito ter, no Fundo, alguém que entendesse o nosso português...
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