A política e a moral são áreas distintas, como afirmou recentemente Paulo Rangel e como reafirmou logo a seguir o Rui A., neste post.
Os direitos cívicos congregam, porém, princípios políticos e morais, de uma forma que me parece indissociável. O direito à vida afirma um direito político, é o reconhecimento de que cada indivíduo é soberano de si próprio. Mas também afirma um princípio moral, a vida é a medida de todos os valores e, em si própria, o Bem supremo.
Em sociedade, ninguém tem o direito de recorrer à violência, porque esse direito anularia o direito dos outros à vida. O terrorismo não é só ilegal, é também imoral.
Na sequência deste post e deste, constatei que muitos comentadores relativizam o valor da vida e justificam o recurso à violência como um meio para atingir determinados fins. Argumentam alguns que, em muitos casos, o terrorismo conseguiu atingir o propósito dos seus perpetradores, que se tornaram “heróis”.
Na minha opinião, esse facto nada acrescenta à condenação absoluta do terrorismo. O crime, mesmo quando compensa, continua a ser crime.
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