Num post anterior, a propósito das Novas Oportunidades e da empregabilidade dos portugueses agora desempregados, o D. Costa comentou o seguinte "O problema para o qual os políticos deveriam olhar é o investimento e criação de empresas e não o desemprego. Com as novas oportunidades eles combatem os efeitos e não a causa do problema". Devo dizer que estou plenamente de acordo. Por isso, é que eu defendo, entre outras, a necessidade de uma revolução na política de impostos, a fim de promover a competitividade das nossas empresas.
Porém, aquele problema, como quase todos hoje em dia, não é um exclusivo português. Na realidade, nos Estados Unidos também se está a debater o assunto. Recentemente, algumas correntes de opinião norte-americana defenderam a adopção do modelo alemão de combate ao desemprego, que passa pelo incentivo do "lay off" - em oposição aos despedimentos - utilizando para o efeito a Segurança Social local, que paga o diferencial entre os salários dos funcionários temporariamente dispensados e os seus vencimentos originais. Porém, essa solução, na América, tem sido alvo de fortes críticas sob o argumento de que atrasará a inevitável reestruturação da economia, impedindo o seu rejuvenescimento.
Assim, entre as medidas actualmente em discussão, destacam-se a aceleração do programa de infra estruturas públicas anunciado por Obama quando ainda estava em campanha - mas que, entretanto, foi atrasado por causa do défice -, a suspensão temporária do IRS ou a introdução de uma dedução fiscal atribuída às empresas que contratarem novos colaboradores. Acrescem a estas iniciativas, outras medidas, cujos efeitos só se farão sentir a longo prazo, nomeadamente as propostas federais no sentido de requalificar o seu sistema educativo, sobretudo no ensino secundário, onde, comparado com o resto do mundo, os Estados Unidos qualificam muito mal nos domínios da matemática e da ciência. O problema é que, infelizmente, no curto prazo, nada disto parece particularmente inspirador...nem decisivo.
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