Depois de ter restabelecido a minha tese central no post anterior, eu convido o leitor a seguir-me na tentativa de compreender a sociedade portuguesa actual e prever o seu futuro próximo.
O tema deste post é o seguinte: qual é a fórmula mais fácil para enriquecer numa sociedade de cultura católica? E numa sociedade protestante? Começarei por dar a resposta referindo-me a uma sociedade católica pura, que é uma sociedade elitista, absolutista e autoritária, onde a religião domina todos os sectores da vida e em que todos os actos da vida são julgados à luz da religião (v.g., Portugal até meados do século XVIII). Só mais adiante, noutro post, darei a resposta para uma sociedade católica onde foi instaurada a democracia, como Portugal na actualidade, embora essa resposta se possa claramente inferir daquela que forneço neste post.
O primeiro ponto a reconhecer numa sociedade católica é a distinção entre a elite (originalmente os padres) e o povo, uma distinção que não é natural na sociedade protestante onde todos têm igual acesso a Deus. A principal diferença entre as duas classes - a elite e o povo - é que uma julga (inicialmente, os critérios da salvação) e a outra é julgada. Noutro post (aqui) elaborei extensivamente sobre aquilo que distingue o homem de elite do homem do povo numa sociedade de tradição católica - a sua capacidade de julgamento.
Como se enriquecia, e quem enriquecia, então, na sociedade católica pura e tradicional? Quem se colocava entre o homem e a sua finalidade (Deus), julgando se cada homem cumpria ou não os critérios para chegar a Deus e, caso não os cumprindo, vendendo-lhe as licenças (sacramentos) para chegar ao céu. A Igreja Católica tornou-se desde cedo, na história da civilização a instituição mais rica do mundo. Ainda hoje é, mesmo depois de a religião ter perdido considerável influência na sociedade (consulte aqui).
Nas culturas sujeitas à sua influência exclusiva, a Igreja Católica pela sua prática e pelo seu exemplo, indicou aos homens a fórmula mais eficaz e mais segura para enriquecer: "Coloque-se entre os homens e os seus fins (inicialmente era Deus, hoje são outros), de tal maneira que sem a sua intermediação eles não consigam lá chegar. Depois, cobre-lhes um preço pela sua influência ou autorização para que eles possam lá chegar".
O tema deste post é o seguinte: qual é a fórmula mais fácil para enriquecer numa sociedade de cultura católica? E numa sociedade protestante? Começarei por dar a resposta referindo-me a uma sociedade católica pura, que é uma sociedade elitista, absolutista e autoritária, onde a religião domina todos os sectores da vida e em que todos os actos da vida são julgados à luz da religião (v.g., Portugal até meados do século XVIII). Só mais adiante, noutro post, darei a resposta para uma sociedade católica onde foi instaurada a democracia, como Portugal na actualidade, embora essa resposta se possa claramente inferir daquela que forneço neste post.
O primeiro ponto a reconhecer numa sociedade católica é a distinção entre a elite (originalmente os padres) e o povo, uma distinção que não é natural na sociedade protestante onde todos têm igual acesso a Deus. A principal diferença entre as duas classes - a elite e o povo - é que uma julga (inicialmente, os critérios da salvação) e a outra é julgada. Noutro post (aqui) elaborei extensivamente sobre aquilo que distingue o homem de elite do homem do povo numa sociedade de tradição católica - a sua capacidade de julgamento.
Como se enriquecia, e quem enriquecia, então, na sociedade católica pura e tradicional? Quem se colocava entre o homem e a sua finalidade (Deus), julgando se cada homem cumpria ou não os critérios para chegar a Deus e, caso não os cumprindo, vendendo-lhe as licenças (sacramentos) para chegar ao céu. A Igreja Católica tornou-se desde cedo, na história da civilização a instituição mais rica do mundo. Ainda hoje é, mesmo depois de a religião ter perdido considerável influência na sociedade (consulte aqui).
Nas culturas sujeitas à sua influência exclusiva, a Igreja Católica pela sua prática e pelo seu exemplo, indicou aos homens a fórmula mais eficaz e mais segura para enriquecer: "Coloque-se entre os homens e os seus fins (inicialmente era Deus, hoje são outros), de tal maneira que sem a sua intermediação eles não consigam lá chegar. Depois, cobre-lhes um preço pela sua influência ou autorização para que eles possam lá chegar".
.
Numa sociedade protestante, onde não existe intervenção humana entre o homem e a sua finalidade (originalmente, Deus) é diferente. Quem quiser enriquecer vai ter de produzir alguma coisa útil para as pessoas, e que estas estejam dispostas a comprar.
Sem comentários:
Enviar um comentário