Portugal, a nossa tribo, perdeu o seu Espírito. Não sabemos quem somos, o que fazemos, nem para onde vamos. Isto aconteceu por vários motivos.
Em primeiro lugar porque os tempos mudaram e os Espíritos do passado já não têm a mesma magia. Os seus desígnios já não nos fascinam e mobilizam com o mesmo ânimo. Em segundo lugar porque os nossos líderes renegaram os Espíritos do passado (ver aqui e aqui) e até os exorcizaram, sem nada deixarem em seu lugar.
Isto não resultou de qualquer estratégia para destruir o País, foi apenas o resultado da democracia instaurada no 25 de Abril de 1974, que entregou o poder nas mãos da populaça iletrada. Os chefes, os líderes, são os representantes do Espírito Tribal na Terra, se ofenderem o Espírito perdem toda a legitimidade divina para nos governarem. As suas decisões passam a ser contestadas por dá cá aquela palha e o exercício da governação torna-se impossível.
Observamos isto mesmo quando se discutiu o TGV, o aeroporto ou as ppp para os novos hospitais, etc. As opiniões dos governantes são, aos olhos da populaça, tão válidas como as de qualquer analfabruto. Os governantes perderam a aura indispensável ao exercício do poder, deixaram de ser os intérpretes do Espírito.
Sem Espírito os portugueses, governantes, elites e populaça, tornam-se zombies, sem orgulho no passado e sem esperança no futuro.
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