O Espírito Lusitano começou por ser o Espírito do Cruzado, no Sec. XII. O Cruzado colocava-se ao serviço de Deus, para expandir a fé e o império, derrotando os infiéis que tinham vindo a conquistar território às nações Cristãs.
Afonso Henriques encarna, como ninguém, esse espírito. Aliás, foi o próprio Jesus Cristo que lhe apareceu antes da batalha de Ourique, em 25 de Julho de 1139 – dia de Santiago, e que não só lhe garantiu a vitória como lhe confiou a tarefa de realizar o Império de Cristo na terra: Volo in te, et in semine tuo imperium mihi stabilire.
Sob a influência do Espírito do Cruzado, fundou-se Portugal e tivemos assinalável sucesso. Ainda hoje, as cinco quinas da bandeira portuguesa atestam a magnífica vitória em Ourique, em circunstâncias que o próprio Afonso Henriques considerava difíceis.
Neste meu post anterior referi-me à influência do Espírito Tribal sobre todos os indivíduos da tribo. A tribo atribui-lhe características antropomórficas e submete-se aos seus desígnios, qualidades e defeitos. Para o bem e para o mal...
O Espírito do Cruzado procura realizar na terra a vontade de Deus, reconhece a autoridade suprema da Igreja e obriga-se a um código de conduta que está orientado pelo amor à Pátria, pela coragem, pela lealdade, pelo respeito pelos mais fracos, pela justiça, pela prática do bem e pela liberdade.
O Espírito Lusitano foi bom para Portugal, devemos-lhe homenagem.
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