Em posts anteriores (aqui e aqui) expus a minha discordância com alguns aspectos do objectivismo. Em particular na metafísica e no absolutismo da razão que, na minha leitura, Rand dissocia da natureza humana. Há porém muitos outros em que eu me identifico com o objectivismo. No valor da vida humana enquanto fundamento da ética, por exemplo, e na questão dos direitos cívicos.
Os direitos, diz Rand, são um conceito moral – um conceito que provê a transição lógica dos princípios que guiam as acções individuais aos princípios que guiam as relações com os outros – o conceito que preserva e protege a moral individual num contexto social – a ligação entre o código moral do homem e o código legal da sociedade, a ligação entre a ética e a política. Os direitos individuais são o meio de subordinar a sociedade à moral. Uma sociedade que não respeite os direitos individuais é imoral.
O direito à vida é um direito primordial dos quais é possível deduzir racionalmente os direitos à liberdade, à propriedade e à procura da felicidade. Condicionar estes últimos significa ameaçar o direito à vida.
A intromissão do Estado na vida privada, interferindo com a possibilidade de cada um procurar a sua felicidade, a extorsão fiscal da propriedade privada e as restrições à liberdade individual são, na óptica do objectivismo profundamente imorais. Na minha opinião também, aqui não há discordâncias.
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