03 novembro 2007

na patagónia?



A minha proverbial falta de entendimento, dificultou-me a compreensão das certamente claras respostas que o Daniel Oliveira aqui me deu, em jeito de reprimenda, a uma pergunta simples que lhe fiz: concorda, ou não, com a existência do Estado de Israel no exacto sítio onde ele se encontra? A isto respondeu ele que sim, mas que também (há sempre um «sim, mas também…») é «contra a política seguida pelo Estado de Israel em relação à população Árabe». Ora, o ponto é precisamente esse: do que os «árabes» se queixam não é de abstracções, mas dos israelitas thes terem «roubado» as terras e ocupam um território a que não têm direito. Por sua vez, os judeus pensam exactamente o contrário e, por isso, continuam onde estão. É daqui que resulta a tal «política» dos «israelitas» em relação aos «árabes», da qual estes discordam, e que tem originado toda a conflitualidade na região. Por isso, praticamente nenhum Estado da região reconhece Israel e quase todos os seus líderes políticos defendem que a solução é eles saírem de lá para outro lado. Para a Patagónia, ou para Madagáscar, para Angola. Ou, mais recentemente, segundo Ahmadinejad, para um qualquer lugar que os alemães lhes arranjem. O Daniel Oliveira também pensa assim? Ou, pelo contrário, acha, como acham os judeus, que Israel tem legitimidade histórica e política para estar onde está? Na minha proverbial falta de entendimento, para ver se o consigo finalmente perceber, agradeço que o Daniel Oliveira, caso se digne à maçada de me responder, o faça sem meias-tintas, sem meias-palavras, respondendo com clareza. Porque, quanto à tradicional hipocrisia com que a esquerda costuma abordar esta questão, já eu estou esclarecido e dispenso bem a leitura de prosa complementar.

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