O meu «post» anterior sobre o filme Tropa de Elite induziu alguns leitores no erro de que eu poderia estar a condenar liminarmente a acção da polícia e a defender sem critério os direitos dos criminosos que com ela se confrontam. Este é um tique muito próprio de certa esquerda, principalmente da «esquerda caviar», com a qual decididamente não partilho muitas opiniões. Essa também não.
A questão da violência brasileira é excessivamente complexa para ser tratada de forma leviana e parcial, e eu não caíria aqui nesse erro. As suas explicações são diversas, e vão das condições miseráveis de vida das populações, passando pela gritante iliteracia de parte substancial do seu povo, até ao gigantismo e ao modo de vida que se tem nalgumas cidades, como, por exemplo, São Paulo e o Rio de Janeiro, que potenciam a agressividade natural de quem lá vive. Mas, decididamente, nem o Brasil é uma terra de bandidos, nem o seu povo tem qualquer propensão inata para o crime, nem as explicações lombrosianas têm hoje qualquer cabimento.
O ponto era outro e consistia apenas em reflectir num problema que, embora por razões diferentes das do Brasil, nos toca também a nós portugueses e europeus: bastará existir liberdade de expressão, pluralismo partidário e eleições cíclicas para os órgãos de soberania para se poderem considerar salvaguardados os direitos fundamentais e a liberdade? A minha resposta é que não. Tanto no Brasil, como em Portugal, como em qualquer outra parte do mundo.
A questão da violência brasileira é excessivamente complexa para ser tratada de forma leviana e parcial, e eu não caíria aqui nesse erro. As suas explicações são diversas, e vão das condições miseráveis de vida das populações, passando pela gritante iliteracia de parte substancial do seu povo, até ao gigantismo e ao modo de vida que se tem nalgumas cidades, como, por exemplo, São Paulo e o Rio de Janeiro, que potenciam a agressividade natural de quem lá vive. Mas, decididamente, nem o Brasil é uma terra de bandidos, nem o seu povo tem qualquer propensão inata para o crime, nem as explicações lombrosianas têm hoje qualquer cabimento.
O ponto era outro e consistia apenas em reflectir num problema que, embora por razões diferentes das do Brasil, nos toca também a nós portugueses e europeus: bastará existir liberdade de expressão, pluralismo partidário e eleições cíclicas para os órgãos de soberania para se poderem considerar salvaguardados os direitos fundamentais e a liberdade? A minha resposta é que não. Tanto no Brasil, como em Portugal, como em qualquer outra parte do mundo.
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