"O ranking das escolas provou que o modelo educacional da Igreja Católica está a ter resultados positivos. Porque não ir buscar ideias a esse modelo?"
(tric, comentário ao post não há rapazes maus)
Como é habitual, as escolas católicas voltaram a dominar este ano o ranking das escolas secundárias do país. Desde que o Marquês de Pombal retirou o ensino das mãos da Igreja, que as escolas públicas concorrem com as escolas religiosas sem nunca as baterem. Por isso, a questão posta pelo tric é pertinente: porque não o Estado imitar nas escolas públicas os métodos de ensino das escolas católicas, ou simplesmente entregar escolas à Igreja e retirar-se de um domínio onde, comprovadamente, desempenha pior do que ela?
A resposta é uma matéria de conflito entre a fé e a razão. Apesar de 250 anos de evidência empírica em contrário, os políticos, os intelectuais e uma parte da opinião pública em Portugal ainda vivem pela fé, mais do que pela razão - a fé de que as escolas laicas são, ou serão alguma vez, melhores do que as escolas religiosas.
Mas elas não são melhores nem nunca serão. A razão é que as escolas laicas, públicas ou privadas, são feitas para agradar aos homens - aos alunos, aos pais dos alunos, aos professores, aos burocratas, ao povo, até aos políticos e aos empresários. Ao passo que as escolas religiosas são feitas para agradar a um ideal incomparavelmente superior e imbatível nesta competição. São feitas para agradar a Deus.
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