"(...) diz-se (...) que os portugueses a trabalhar no estrangeiro são do melhor que há. Até há mesmo quem diga que o Luxemburgo é dos países com o maior PIB per capita do mundo, justamente por ter muitos portugueses."
(Soulfood, comentário ao post cataratas).
(Soulfood, comentário ao post cataratas).
Num post anterior, defendi a tese de que, na esfera das actividades e das relações privadas, Portugal é provavelmente um dos melhores países do mundo. Pelo contrário, na esfera das relações e das actividades públicas ou políticas - isto é, todas aquelas que estão relacionadas ou dependem da política - Portugal e os portugueses são uma tragédia de incompetência e mau-viver.
O Luxemburgo constitui um laboratório onde, pelo menos de forma aproximada, se pode testar esta tese. Cerca de 20% da população do Luxemburgo é constituída por portugueses, os quais se encontram sobretudo na esfera privada da sociedade e da economia (v.g., serviços, construção civil). Pelo contrário, não existem portugueses na política - ou, se existem, eles são em número insignificante.
De acordo com a minha tese, este há-de ser tendencialmente um país muito próspero. E, na realidade, é. Em termos do rendimento médio por habitante (PIB per capita) é o segundo país mais rico do mundo - num universo de 200 países - e onde este indicador possui um valor que é três vezes superior ao de Portugal (Portugal é 43º no mundo). E, em termos do Índice de Desenvolvimento Humano, o Luxemburo é o 12º país mais desenvolvido do mundo, sendo Portugal 28º.
Fonte estatística: The Economist, Pocket World in Figures (2008 Edition), London.
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