(Continuação daqui)
2. Bagunçada institucional
Durante a minha conversa com o Miguel Milhão (cf. aqui), a certa altura referi que se um dia o mundo viesse a ser dominado por um só país, eu preferia que esse país fosse os EUA.
E por que não Portugal?
Porque os portugueses são uns caceteiros espirituais, quem ousasse viver de forma diferente daquela que os portugueses consideram ser a certa ou verdadeira seria mandado para a prisão ou lançado à fogueira como se fez no passado.
Os EUA, pelo contrário, são o país mais tolerante e aberto à diversidade de culturas. Já nasceram assim. Nos EUA vivem centenas de comunidades diferentes, cada uma podendo viver como se fosse no seu país de origem. É uma marca distintiva da democracia americana (e dos países anglo-saxónicos) e que só é possível por um atributo essencial do seu sistema de justiça - a imparcialidade (cf. aqui).
É esta falta de imparcialidade do sistema judicial brasileiro que está a chocar a América na pessoa do Presidente Trump que já classificou o julgamento de Bolsonaro como uma "caça às bruxas".
O julgamento está a gerar tensão entre os EUA e o Brasil.
Eu espero que prevaleçam os EUA. É uma questão de direitos humanos. Se um dia os EUA dominassem o Brasil, os brasileiros iriam poder continuar a viver como gostam de viver e com uma grande melhoria nas instituições (especialmente na justiça). Mas se fosse o Brasil a dominar os EUA, os americanos deixariam de ser a nação mais rica e poderosa do mundo para passarem a viver na maior bagunçada institucional que é possível imaginar. Em particular, deixaria de ser uma democracia a passariam a ser governados por uma ditadura da toga.
(Continua acolá)

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