15 abril 2025

A Decisão do TEDH (424)

 (Continuação daqui)

Ala pediátrica do Hospital de S. João (2018)



424. Processo Cível (III) 

Escândalo nacional


4 de Abril: Quarta sessão do Julgamento

Depôs a testemunha Filipe Avides Moreira que entretanto havia sucedido ao Paulo Rangel na direcção do escritório do Porto da Cuatrecasas. O interrogatório que lhe foi feito pelo magistrado do MP, José Manuel Ferreira da Rocha, foi arrasador, mais parecendo que o réu era agora a Cuatrecasas, e não eu.

 

9 de Abril: Artigo de página inteira no Jornal de Notícias sobre o Julgamento.

Continuam a sair notícias sobre o julgamento que publicamente me apresentam na condição de réu. Neste dia o Jornal de Notícias, que é o principal jornal do norte do país, publica um artigo de página inteira com o título “Paulo Rangel exige dinheiro por ofensas de Pedro Arroja” (cf. aqui). 

 

10 de Abril: Jorge Pires lança escândalo nacional

Uma criança com cancro é internada de urgência na ala pediátrica do HSJ que continuava a funcionar em contentores metálicos, onde havia pragas de moscas no Verão, e no Inverno faltava o aquecimento e chovia lá dentro. O pai, Jorge Pires, recusa-se a deixar o filho internado naquelas condições. O JN faz notícia de primeira página "Crianças com cancro tratadas nos corredores" que é replicada em todos os órgãos de comunicação nacional e lança escândalo nacional sobre as condições em que a crianças estavam internadas desde 2011 no segundo maior hospital do país (cf. aqui, aqui,  aqui). Em breve, o escândalo passa fronteiras e chega a Espanha (cf. aqui)

Nesta data, a construção da nova ala pediátrica do HSJ pela Associação Joãozinho estava parada desde há mais de dois anos (Janeiro de 2016) por falta de frente de obra porque o HSJ não cumpria a cláusula de disponibilização do espaço prevista no Protocolo que assinou com a Associação e o consórcio Lucios-Somague. Tinham sido realizados os primeiros trabalhos de demolição das velhas instalações existentes no local da obra mas, quando chegou ao Serviço de Sangue, a obra parou porque o HSJ nunca transferiu este serviço para outro local, o qual continuou a funcionar nas velhas instalações sitas no local previsto para a obra. 

A Associação de pais entretanto constituída considera apresentar queixa-crime contra quem mandou parar a obra (cf. aqui). 

(Continua acolá)

Sem comentários: