15 abril 2025

A Decisão do TEDH (425)

 (Continuação daqui)


Os pais do Joãozinho: António Ferreira, presidente do HSJ, e António Oliveira e Silva, que havia de lhe suceder no cargo (cf. aqui, pp. 7-9)


425. Processo Cível (IV)

Entrevista ao Expresso

 

16 de Abril: Entrevista do presidente do HSJ, António Oliveira e Silva, ao Expresso

A obra do Joãozinho começou em 3 de Março de 2015 com a presença, entre outros, do primeiro-ministro, Passos Coelho, do presidente da CMP, Rui Moreira, e do secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira (cf. aqui e aqui). A obra foi interrompida mês e meio depois por causa do Protocolo produzido pela Cuatrecasas. O meu comentário televisivo a 25 de Maio permitiu negociar uma versão aceitável do Protocolo e a obra foi retomada em 2 de Novembro (cf. aqui e aqui). Três semanas depois entrou em funções o Governo da geringonça e a obra foi bloqueada, cessando os trabalhos em Janeiro de 2016.

Agora, perante o escândalo trazido a público por Jorge Pires, e a situação difícil que a Cuatrecasas e o próprio HSJ viviam em tribunal, por virtude do interrogatório fulminante do magistrado Ferreira da Rocha, o novo presidente do HSJ, António Oliveira e Silva, que sucedeu a António Ferreira em 2016, dá uma entrevista ao Expresso, centrada na minha própria pessoa (cf. aqui). 

O propósito da entrevista é mais uma vez salientar a minha condição de réu, arruinar publicamente a minha credibilidade e, inovadoramente, culpar-me pela paragem da obra. A entrevista reduz-se a uma série de insinuações e falsidades, em que uma delas resume todas as outras. É quando o Dr. Oliveira e Silva diz:

 “Não sei se por iniciativa de Pedro Arroja ou do hospital, em 2014 surgiu o ‘Joãozinho’, uma associação de utilidade pública [presidida pelo economista Pedro Arroja] que permitiria mais facilmente angariar apoios e para a qual transitou o dinheiro entretanto doado”.(cf. aqui)

A verdade é que o criador do “Joãozinho” foi o próprio António Oliveira e Silva e o seu antecessor no cargo, António Ferreira (cf. aqui), os quais, em 2009, diziam já ter angariado quatro milhões de euros (cf. aqui) e quando se tratou de transferir esse capital para a Associação Joãozinho para financiar a obra, transferiram apenas 549 mil.  Ainda hoje não se sabe onde pára o resto.

(Continua acolá)

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