(Continuação daqui)
263. Exclusivamente
A entrevista de ontem da PGR à RTP (cf. aqui) abriu uma porta por onde a opinião pública vai entrar para saber o que se passa lá dentro.
E vai ter uma reacção muito semelhante àquela que teve o Marante quando viu entrar a mais bela dama no Som de Cristal (cf. aqui).
Vai ficar abismada por se tratar de um antro de criminosos.
O caso mais recente de criminalidade do Ministério Público aconteceu precisamente ontem quando dois autarcas de Vieira do Minho foram absolvidos de crimes que o MP lhes imputava (cf. aqui). Aconteceu também no caso Almeida Arroja v. Portugal e logo a dobrar. Atribuir actos criminosos a quem não os praticou, como rotineiramente faz o MP, é o crime de calúnia, punível com pena de prisão, que é onde deviam estar os magistrados do MP que acusam pessoas inocentes.
Na minha opinião, a parte mais interessante da entrevista da PGR foi aquela em que se refere à ministra da Justiça. A leitura que faço das suas palavras é a seguinte:
-A ministra da Justiça diz que a crise da justiça se deve exclusivamente à corporação de criminosos que eu dirijo - o Ministério Público. Mas isso é só meia verdade, porque a verdade inteira é que também se deve à corporação de criminosos a que a ministra pertence - a Ordem dos Advogados.
(Continua acolá)
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