04 julho 2024

A Decisão do TEDH (254)

 (Continuação daqui)



254. O Processo do Chinês (I): A lógica escondida

Eu não paro de me surpreender com as lógicas criminosas que existem dentro do sistema de justiça em Portugal. A justiça é apenas uma fachada para um mundo onde a criminalidade reina razoavelmente livre.

É com esta ideia no espírito que eu vou de volta ao "Processo do Chinês". Eu baptizei assim o processo que o advogado J.J. Ferreira Alves, que me representou junto do TEDH, pôs contra mim reclamando que eu lhe pague mais 10 600 euros em honorários para além dos 11 650 que já lhe paguei.

A queixa apresentada no Tribunal Judicial do Porto pesa 7,300 Kg (o peso pode ser conferido aqui) e contém cerca de duas mil páginas. Só a caixa é minha, que eu comprei numa loja do chinês (daí o nome de baptismo). São documentos do processo, alguns repetidos cinco vezes, outros relativos a fases do processo em que o advogado Ferreira Alves não teve qualquer intervenção, e até documentos que não têm nada a ver com o processo.

Pergunta-se:

-Qual é a lógica desta palhaçada?

Dir-se-ia que é para mostrar trabalho, mas essa não é a lógica principal. A lógica principal é outra.

Essa lógica escondida constitui o grande mistério que esta mini-série  de posts, sob o título "O Processo do Chinês", se propõe desvendar.

(Continua acolá)

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