(Continuação daqui)
65. Portugal Binte-binte
Durante o meu julgamento no tribunal de primeira instância de Matosinhos, que decorreu entre 2 de Fevereiro e 12 de Junho de 2018, o blogue Portugal Contemporâneo foi a minha principal arma de defesa.
Eu não tinha experiência nenhuma de tribunais, defrontava uma Armada de advogados (cf. aqui), o Gangue da Católica (cf. aqui), uma facção importante do PSD. Naquele palco eu nunca iria ganhar.
Eu tinha de jogar fora do campo de experiência dos meus adversários, e esse campo foi o Portugal Contemporâneo (PC). Eles não estavam habituados.
Eles não estavam habituados a que as suas mentiras, as suas imposturas, as suas congeminações criminosas fossem expostas em público quase em directo. A partir de certa altura queixavam-se sistematicamente ao juiz que eu andava a comentar o julgamento no blogue. Para além do prazer que as queixas me davam, agora que o juiz também lia o blogue, eu podia ao menos fazer-lhe chegar algumas verdades que não conseguia fazer chegar na sala do tribunal.
As queixas tornaram-se tão frequentes e insistentes que o próprio cartoonista Fernando Arroja, que assistiu a todas as sessões, no momento em que me retratou à saída do tribunal, depois de lida a sentença, me apontava um "Crime continuado no PC" (cf. aqui).
Algumas vezes procurei fazer humor. Não sei se tive graça, mas em certos casos o prazer foi enorme. Aconteceu assim com a série Portugal Binte-binte, em alusão ao programa comunitário Portugal 2020 que então estava a ser anunciado ao país. O protagonista principal é um pretenso leitor nortenho deste blogue [curiosamente, primo por afinidade do célebre adepto do FCP, Macaco], que se identifica como Silba dos Leitons (cf. aqui):
Reproduzo a seguir. Vale a pena relembrar que escrevi tudo isto enquanto o julgamento estava a decorrer e com a certeza de que todos os intervenientes (e não só) me estavam a ler. Eu sabia os riscos que estava a correr, mas decidi que não iria ficar quieto a aguentar todos os abusos e humilhações.
I. Quatro Casas (cf. aqui)
II. O Paulinho (cf. aqui)
III. O Basquinho (cf. aqui)
IV. O Dr. Abides (cf. aqui)
V. A reputaçon (cf. aqui)
VI. O Linque (cf. aqui)
VII: A Menina Quequé (cf. aqui)
VII-2: Suapes (cf. aqui)
VII. O Dr. Encarnaçon (cf. aqui)
(Continua acolá)
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