(Continuação daqui)
29. A única arma
É a frase mais maravilhosa da jurisprudência do TEDH sobre a liberdade de expressão e, de longe, a mais citada.
Eu próprio a citei inúmeras vezes neste blogue (p. ex., cf. aqui).
Sinto-me muito feliz de o TEDH a ter citado no acórdão Almeida Arroja. v. Portugal (cf. aqui, ênfases meus):
62. Freedom of expression constitutes one of the essential foundations of a democratic society and one of the basic conditions for its progress and for each individual’s self-fulfilment. Subject to paragraph 2 of Article 10, it is applicable not only to “information” or “ideas” that are favourably received or regarded as inoffensive or as a matter of indifference, but also to those that offend, shock or disturb. Such are the demands of pluralism, tolerance and broadmindedness without which there is no “democratic society”. (...)
O próprio Cristo ofendeu (cf. aqui).
A ofensa verbal é a única arma das pessoas decentes contra os patifes.
(Todas as outras acima desta - como os punhos, a bomba, o jagunço ou a pistola - estão absolutamente proibidas).
(Continua acolá)
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