Se aquele episódio dos Evangelhos em que Cristo, falando a uma multidão, condena a hipocrisia dos fariseus e dos mestres da Lei, (Mateus: 23, cf. aqui) fosse levado a julgamento por difamação, e subisse ao Tribunal da Relação do Porto, como é que seria julgado?
Depende. Depende do juiz que lhe saísse em sorte.
(Este é um péssimo sinal acerca da qualidade da justiça produzida no Tribunal da Relação do Porto. É aleatória).
O juiz Pedro Vaz Patto condenaria Cristo porque considera que o direito à honra [dos fariseus] é mais importante que o direito à liberdade de expressão [de Cristo].
A juiz Paula Guerreiro absolveria Cristo porque, seguindo a júrisprudência democrática do TEDH, considera que o direito à liberdade de expressão [de Cristo] é mais importante que o direito à honra [dos fariseus].
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