(Continuação daqui)
4. Pela-se por um uísque de malte
O juiz Ivo Rosa não se ficou. Não é impunemente que se chama panasca a um juiz, e vai daí o juiz pôs um processo-crime contra o procurador Carlos Casimiro Nunes. Isto, naturalmente, em cima de uma processo disciplinar que lhe foi aberto pelo Conselho Superior do Ministério Público por essa mesma razão, a de ter chamado panasca ao juiz Ivo Rosa.
Portanto, do processo da EDP, tendo como arguidos, entre outros, o ex-ministro Manuel Pinho, agora já tínhamos mais dois processos, que são a especialidade do Ministério Público, tudo motivado pelo esvaziamento da Adega do ex-ministro Manuel Pinho. E a coisa não iria ficar por aqui.
É que no decurso dos processos contra o magistrado Carlos Casimiro Nunes, soube-se umas coisas muito chatas acerca da sua pessoa, e quem as divulgou ao jornal Tal e Qual foi precisamente o ex-ministro Manuel Pinho. O seguinte (cf. aqui):
"O arguido ficou a saber que Casimiro Nunes pela-se por um uísque de malte enquanto vê televisão, enternece-se com a sua cadela de estimação, gosta de dar aulas, planeia vender a sua casa de Palmela para comprar uma habitação mais pequena e reforçar o pé-de-meia. Casimiro Nunes, afinal, é um homem muito falador – pelo menos com Manuel Pinho".
O facto de o magistrado Casimiro Nunes se pelar por um uísque de malte é um indício muito importante acerca da possibilidade de ele estar a cometer, ou vir a cometer, vários crimes, e levanta questões judiciais muito importantes. Por exemplo,
-O uísque de malte é um reles LOGAN que custa 20 euros a garrafa ou é um MACALLAN que se vende a dez mil euros per bottle (cf. aqui)?
-O magistrado Casimiro vê televisão só em casa, ou também durante as horas de serviço?
-Onde é que o magistrado Casimiro, com o seu ordenado de procurador da República, vai buscar o dinheiro para sustentar o vício? Vende acusações ou arquivamentos de processos como o seu colega Orlando Figueira (cf. aqui)? Essa de que pretende aumentar o pé-de-meia só junta gasolina ao fogo. Quem precisa de dinheiro abre a porta a todo o género de corrupção.
-Mas voltemos ao uísque de malte que o magistrado Casimiro bebe enquanto está a ver televisão. E quando não está a ver televisão, o que é que o magistrado Casimiro bebe? Por exemplo, como aperitivo para o jantar, bebe champanhe Moet et Chandon seco? E durante o jantar, Barca Velha?
-E depois do jantar, antes de começar a ver televisão, bebe Aguardente Velha Aliança ou um refinado Cognac francês?
Todos estas questões e indícios apontam para grossa corrupção, a sugerir que o magistrado Casimiro Nunes seja posto sob escuta para se saber onde é que ele vai arranjar dinheiro para tudo isto, já para não falar das amantes.
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