20 junho 2021

Case-study: actualização (9)

 (Continuação daqui)


9. Hino à Cuatrecasas


A seguir está o documento da transferência bancária que fiz para a sociedade de advogados Cuatrecasas a que me referi noutro post desta série (cf. aqui).

O pagamento refere-se a uma indemnização pelo crime de ofensa a pessoa colectiva (como se as pessoas colectivas se pudessem ofender),

A Cuatrecasas é uma sociedade espanhola ligada ao Partido Popular (PP) e, em Portugal, ao seu partido irmão, o PSD. Na altura, o eurodeputado Paulo Rangel era  o director da Cuatrecasas no Porto e facturava abundantemente "horas de assessoria jurídica" a todas as instituições onde estivesse o PSD no poder, como o Hospital de S. João e a Câmara Municipal do Porto (cf. aqui), mantendo outras relações de concubinato financeiro, como acontecia na Associação Comercial do Porto (cf. aqui).

Durante o julgamento de primeira instância, eu fui dando a conhecer aos leitores deste blogue alguns dos elementos mais significativos do impressionante currículo desta sociedade centenária, como o facto de o seu presidente ter sido condenado a dois anos de prisão por fuga ao fisco (cf. aqui), as suas ligações à máfia russa (cf. aqui) e o facto de se fazer pagar por "asesorias sociales" a partir de um fundo que o jogador Lionel Messi financiava para crianças (cf. aqui).

Ao mesmo tempo, fui dando conta das incidências do julgamento, da maneira como a Cuatrecasas (quer dizer, o PSD) tinha o Ministério Público na mão, o terrorismo que exerceu sobre a minha advogada (cf. aqui) e as pressões, senão mesmo a instrumentalização que fez do juiz (para se promoverem, os juízes têm de agradar ao PSD e ao PS que estão em maioria no Conselho Superior da Magistratura, o órgão que trata da promoção dos juízes).

A certa altura, pedi aos leitores do blogue que me fizessem chegar sugestões de uma música que pudesse servir de Hino à Cuatrecasas (cf. aqui).

Por uma larga maioria, o resultado foi este: cf. aqui.

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