Neste processo, eu tive dois advogados. Tive uma advogada que me defendeu em primeira-instância no Tribunal de Matosinhos e também no recurso para o Tribunal da Relação do Porto (TRP).
Como as coisas não tivessem corrido bem no TRP (cf. aqui), e como desde aí se adivinhasse que o processo tinha alta probabilidade de vir a acabar no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, foi ela própria que me sugeriu que encontrasse um colega que fosse especialista nesta matéria.
A partir de Abril de 2019 passei a ter outro advogado a representar-me neste processo.
Se não erro nas contas, este advogado já fez seis recursos em meu nome neste processo - dois para o Tribunal da Relação do Porto, um para o Supremo Tribunal de Justiça (que foi liminarmente rejeitado), e três para o Tribunal Constitucional. E, record dos records, perdeu-os a todos.
Não existe uma única, uma simples, uma miserável vitória para me confortar. Nem uma.
E, no entanto, quando na passada sexta-feira, me enviou, para minha aprovação, o quarto recurso que no espaço de um ano se propunha enviar para o Tribunal Constitucional, eu respondi assim:
"Está muito bem. O senhor é um excelente advogado. Parabéns".
Que advogado misterioso é esse, que me perde todos os recursos e que, ainda assim, eu considero um excelente advogado - um elogio que eu não sou capaz de dar a um em cada cem mil advogados?
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