23 agosto 2014

tuning sexual



Como passei a tarde de Rodriguez, dediquei-me a ler a Happy, uma tarefa que me está vedada em família por determinação da minha mulher.

O título “Orgasmos Fantásticos – Chegou a Portugal o tratamento que promete revolucionar a vida sexual das mulheres”  estimulou o meu interesse clínico. O novo tratamento , que apenas está disponível no sector privado, custa 599,00 € *, mas a Happy oferece um Voucher que dá direito a 25% de desconto.
O tratamento consiste na injeção de colagénio numa zona sensível da vagina para amplificar as sensações locais e estreitar o canal vaginal de modo a evocar uma virgindade que, pela leitura do artigo, se supõe que tenha ficado numa tenda do primeiro festival de Vilar de Mouros.
O ponto G, esclarece a Happy, foi descoberto por um cientista alemão, o Dr. Ernst Gräfenberg, coisa de que eu devia ter desconfiado dada a propensão da raça germânica para a engenharia. Se o corpo da mulher fosse um Mercedes, estimular o ponto G seria como engatar uma 5º com turbo. E a clínica que procede a este “tuning” sugere que, após o tratamento, é possível passar da 1ª para a 5ª de forma direta, repetidamente e sem embraiagem.
Infelizmente este tratamento, na minha opinião, não vai ter tanto sucesso em Portugal como nos países protestantes. Nas latinas o ponto G só se consegue encontrar na hora H e é de localização variável. Descobre-se como quem toca acordeão, vai-se carregando nos botões até saírem sustenidos, é uma questão de prática.
Quanto à renascida virgindade, minhas amigas, estamos conversados. Larguem esses homúnculos mariquinhas e arranjem uns garanhões a sério. E não cultivem complexos de culpa, a concha não tem conta-quilómetros e a Igreja é misericordiosa.
* Para quando o G-Spot Shot no SNS? Ou os orgasmos fantásticos são só para as ricas?

2 comentários:

Rui Alves disse...

"Descobre-se como quem toca acordeão, vai-se carregando nos botões até saírem sustenidos"

Como?! Ou o seu acordeão toca umas músicas muito estranhas ou anda muito desafinado...

CCz disse...

Eheh interesse clínico