Como passei a tarde de Rodriguez, dediquei-me
a ler a Happy, uma tarefa que me está vedada em família por determinação da
minha mulher.
O título “Orgasmos Fantásticos – Chegou a
Portugal o tratamento que promete revolucionar a vida sexual das mulheres” estimulou
o meu interesse clínico. O novo tratamento , que apenas está disponível no sector
privado, custa 599,00 € *, mas a Happy oferece um Voucher que dá direito a 25% de
desconto.
O tratamento consiste na injeção de colagénio
numa zona sensível da vagina para amplificar as sensações locais e estreitar o
canal vaginal de modo a evocar uma virgindade que, pela leitura do artigo, se
supõe que tenha ficado numa tenda do primeiro festival de Vilar de Mouros.
O ponto G, esclarece a Happy, foi descoberto
por um cientista alemão, o Dr. Ernst Gräfenberg, coisa de que eu devia ter
desconfiado dada a propensão da raça germânica para a engenharia. Se o corpo da
mulher fosse um Mercedes, estimular o ponto G seria como engatar uma 5º com
turbo. E a clínica que procede a este “tuning” sugere que, após o tratamento,
é possível passar da 1ª para a 5ª de forma direta, repetidamente e sem embraiagem.
Infelizmente este
tratamento, na minha opinião, não vai ter tanto sucesso em Portugal como nos
países protestantes. Nas latinas o ponto G só se consegue encontrar na hora H e
é de localização variável. Descobre-se como quem toca acordeão, vai-se carregando nos botões até saírem sustenidos, é uma questão de prática.
Quanto à renascida virgindade,
minhas amigas, estamos conversados. Larguem esses homúnculos mariquinhas e arranjem
uns garanhões a sério. E não cultivem complexos de culpa, a concha não tem
conta-quilómetros e a Igreja é misericordiosa.
* Para quando o G-Spot Shot no SNS? Ou os orgasmos fantásticos são só para as ricas?
2 comentários:
"Descobre-se como quem toca acordeão, vai-se carregando nos botões até saírem sustenidos"
Como?! Ou o seu acordeão toca umas músicas muito estranhas ou anda muito desafinado...
Eheh interesse clínico
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