Comentário: O egoísmo para os objectivistas (liberais incluídos) não permite a violação dos direitos dos outros para satisfação própria. Não é o egoísmo do bruto, do vigarista ou do pedinte.
Texto do livro Objectivism, do Leonard Peikoff
2 comentários:
Anónimo
disse...
Estou a ver que essa irrelevância "filosófica" (Rand) é uma espécie de Big Brother dos liberais. Porque se para o Big brother original "a guerra é paz, a liberdade é escravidão, e a ignorância é força", para a Big Sister Rand o "interesse próprio racional" é altruísmo. É um egoísmo que não é egoísmo, porque não é o egoísmo dos pedintes e vigaristas, mas sim o egoísmo dos cavalheiros ricos honrados e honestos. Fantástico! Esta novilíngua é tão fantástica, maravilhosa e mágica que tem o poder de transformar qualquer individualista num daqueles santos que dedicou a sua vida a ajudar os pedintes e os marginais (que, não esqueçamos, são os egoístas e invejosos por excelência). Só que esta novilíngua, ainda que tenha esse poder mágico ou manipulatório de transformar antónimos em sinónimos, tem a grande deficiência de se contradizer a si mesma. De facto, considera que agir de acordo com o próprio interesse pode consistir em agir no interesse dos outros, o que tornaria aquele comportamento num comportamento altruísta. Será que tornaria? É que nesse caso a satisfação dos outros não passa de um meio para satisfazer o interesse próprio do indivíduo em causa, o verdadeiro fim (egoísta) da sua acção. E, por outro lado, para se poder avaliar aquele comportamento como um comportamento altruísta tem que se recorrer à definição e defesa do altruísmo dada pelas perspectivas éticas anti-individualistas, o que quer dizer que a novilíngua randiana se refuta a si mesma, na medida em que acaba por subordinar o individualismo a conceitos e perspectivas anti-individualistas.
Se fosse necessário mais algum exemplo da imbecilidade do "objectivismo", este texto chegava e sobrava! Com que então se eu agir apenas no meu interesse nunca violarei os interesses dos outros? Se em vez de vender, eu poder roubar, onde é que eu prejudico o meu interesse? Especialmente se o poder fazer de forma a não ter consequências negativas? As sociedade clássicas eram TODAS esclavagistas e não tinham consequências negativas por aí além, especialmente se considerarmos o nosso tempo expectável de vida.
O que se passa com este texto é apenas de justificar o injustificável. O "objectivismo" é a rejeição de todos os preceitos morais que constituem a nossa sociedade e o chamamento de volta à selva. É o nihilismo absoluto da racionalidade.
2 comentários:
Estou a ver que essa irrelevância "filosófica" (Rand) é uma espécie de Big Brother dos liberais. Porque se para o Big brother original "a guerra é paz, a liberdade é escravidão, e a ignorância é força", para a Big Sister Rand o "interesse próprio racional" é altruísmo. É um egoísmo que não é egoísmo, porque não é o egoísmo dos pedintes e vigaristas, mas sim o egoísmo dos cavalheiros ricos honrados e honestos. Fantástico!
Esta novilíngua é tão fantástica, maravilhosa e mágica que tem o poder de transformar qualquer individualista num daqueles santos que dedicou a sua vida a ajudar os pedintes e os marginais (que, não esqueçamos, são os egoístas e invejosos por excelência). Só que esta novilíngua, ainda que tenha esse poder mágico ou manipulatório de transformar antónimos em sinónimos, tem a grande deficiência de se contradizer a si mesma. De facto, considera que agir de acordo com o próprio interesse pode consistir em agir no interesse dos outros, o que tornaria aquele comportamento num comportamento altruísta. Será que tornaria? É que nesse caso a satisfação dos outros não passa de um meio para satisfazer o interesse próprio do indivíduo em causa, o verdadeiro fim (egoísta) da sua acção. E, por outro lado, para se poder avaliar aquele comportamento como um comportamento altruísta tem que se recorrer à definição e defesa do altruísmo dada pelas perspectivas éticas anti-individualistas, o que quer dizer que a novilíngua randiana se refuta a si mesma, na medida em que acaba por subordinar o individualismo a conceitos e perspectivas anti-individualistas.
Se fosse necessário mais algum exemplo da imbecilidade do "objectivismo", este texto chegava e sobrava! Com que então se eu agir apenas no meu interesse nunca violarei os interesses dos outros? Se em vez de vender, eu poder roubar, onde é que eu prejudico o meu interesse? Especialmente se o poder fazer de forma a não ter consequências negativas? As sociedade clássicas eram TODAS esclavagistas e não tinham consequências negativas por aí além, especialmente se considerarmos o nosso tempo expectável de vida.
O que se passa com este texto é apenas de justificar o injustificável. O "objectivismo" é a rejeição de todos os preceitos morais que constituem a nossa sociedade e o chamamento de volta à selva. É o nihilismo absoluto da racionalidade.
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