14 janeiro 2020

Joaquim Moreira da Silva

Por que será que a comunicação social, que reproduz hoje em massa a notícia da condenação de Portugal pelo TEDH, e as críticas devastadoras que o TEDH faz ao Ministério Público, nunca indique o nome do magistrado do Ministério Público que foi responsável por tudo isto?

O que levará a comunicação social a alimentar o sentimento de impunidade e de irresponsabilidade que existe no Ministério Público, escondendo do público a identidade do principal reponsável pela vergonha colectiva da condenação?

Se o visado por tão incompetente, negligente e desleixado trabalho, segundo a avaliação do TEDH, tivesse sido um gestor do sector privado, o seu nome estaria escarrapachado em todos os jornais, já tinham entrevistado todos os seus inimigos e devassado a vida da própria pessoa e dos seus próximos.

Porém tratando-se de agentes do sector público é diferente e é isso que está por explicar. Por que será que a comunicação social portuguesa é tão protectora dos agentes do Estado, mesmo quando estão à vista as provas da sua incompetência, do seu desleixo, da sua incúria e da sua negligência?

Um tema para reflexão. Urgente.

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