2. Onde é que estão os milhões?
A tese do DIAP, que estará sob investigação, é a de que entre 2009 e 2013, o Joãozinho foi um saco azul da administração do HSJ.
O projecto Joãozinho, relativo à construção da ala pediátrica do HSJ por via mecenática, foi criado em 2009 pela administração do HSJ. As duas figuras que deram a cara por ele foram o presidente do HSJ, Prof. António Ferreira, e o então administrador e também director clínico, Dr. António Oliveira e Silva, que lhe viria a suceder na presidência a partir de 2016 (cf. aqui, pp. 7 e segs).
Por essa altura, a administração do HSJ dava notícias à comunicação social de que já tinham sido angariados quatro milhões de euros (cf. aqui e aqui). Nos anos que imediatamente se seguiram, o projecto Joãozinho atingiu o auge da sua pujança e muitos outros donativos terão sido angariados.
Nos finais de 2013, a pedido do professor António Ferreira, eu assumo a continuidade do projecto, sendo constituída a Associação Joãozinho, uma associação de utilidade pública, que herda todo o espólio do Joãozinho, incluindo o dinheiro angariado, enquanto o projecto esteve sob a tutela do HSJ.
Em 2015, na iminência de começar a obra, a Associação Joãozinho pede à administração do HSJ que lhe passe o dinheiro angariado no período 2009-13 para ser utilizado no pagamento da obra, conforme tinha sido acordado. A administração do HSJ entrega 548.983,48 euros à Associação Joãozinho.
A questão central que estará sob investigação é esta: Onde é que está o resto do dinheiro? Onde é que estão os milhões que o HSJ angariou para a construção da ala pediátrica, e de que só ficaram os tais 548 mil e tal euros?
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