Fez ontem um ano que começou o meu julgamento no Tribunal de Matosinhos por ofensas à sociedade de advogados Cuatrecasas e ao seu director na altura (2015), o político Paulo Rangel.
Na altura, eu estava convencido que o processo judicial tinha sido motivado por uma hipersensibilidade dos advogados - uma profissão altamente corporativa - e de um político à crítica e à liberdade de expressão.
Estranhava apenas a importância que era dada a um processo de lana-caprina (ofensas) por parte da acusação, nomeando catorze testemunhas - tudo gente que, tanto quanto eu podia avaliar, pertencia ao mesmo partido (cf. aqui).
A tal ponto, que o primeiro post que escrevi sobre o julgamento, e com ele já a decorrer, foi precisamente sobre este tema (cf. aqui). Esse post marcaria o início daquilo que se viria a tornar num hábito - o meu comentário neste blogue sobre as várias incidências do julgamento e que, com o decorrer do tempo, viria a pôr a acusação em pânico.
Hoje, eu tenho uma visão muito menos angélica deste processo judicial. É a seguinte. Foi uma mega-operação de políticos (alguns disfarçados de advogados) e de administradores públicos para matar o Joãozinho e branquear o passado do Joãozinho (2009-13).
Foi um extraordinário falhanço, um verdadeiro tiro no pé, e o principal responsável pelo falhanço foi precisamente o blogue Portugal Contemporâneo.
É esse passado que, na minha opinião, constitui a questão subterrânea que ontem perpassava pelas intervenções de algumas deputadas na Comissão Parlamentar de Saúde (cf. aqui).
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