O assunto da ala pediátrica/Joãozinho do HSJ está para durar na comunicação social?
Sim. E muito.
Foi essa a principal conclusão que tirei das notícias de ontem sobre o tema, especialmente na SIC e, mais ainda, no Jornal da Tarde da RTP-Porto. Nesta, apresentada como um "Exclusivo", a figura central era o presidente cessante do HSJ.
Fazia o balanço do seu mandato à frente do HSJ e referia-se, em particular, à ala pediátrica. Tinha deixado tudo pronto para que a obra se fizesse, o único impedimento que estava pela frente era a Associação Joãozinho. Tinha-lhe dado 90 dias para se retirar do espaço, findos os quais ficava implícito o recurso ao tribunal.
(É claro que o recurso ao tribunal - onde se passarão anos a discutir quem tem direitos sobre o espaço - é a solução certa para que o Governo/HSJ cumpra o seu objectivo de nunca fazer a obra, ao mesmo tempo que se irresponsabiliza com aquela frase célebre "Esse assunto agora está entregue à Justiça").
De qualquer forma, o sentimento com que fiquei depois de ontem ver as notícias - e sobretudo a reportagem em "Exclusivo" da RTP - foi a de um certo nervosismo. Há um nervosismo latente nas peças jornalísticas da SIC e sobretudo na da RTP
Existe ali alguma coisa que a comunicação social sabe mas não quer trazer a público, ou não sabe como trazer a público, talvez porque isso comprometa a sua própria credibilidade sobre a maneira como tem reportado sobre este assunto.
Refiro-me concretamente à RTP-Porto, à SIC e também ao JN, três dos órgãos de comunicação social que têm reportado sobre o tema de forma mais governamentalizada e administrativa.
O que é que a comunicação social esconde?
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