01 setembro 2014

uma guerrazinha vinha mesmo a calhar


Uma guerrazinha vinha mesmo a calhar. Suspeito que, infelizmente, é o que muita gente estará a pensar na Europa.
Em primeiro lugar, facilitaria uma significativa centralização do poder na UE, pelos menos a nível da defesa e da diplomacia.
Em segundo lugar, permitiria justificar o regresso a uma política Keynesiana. Quando a segurança está em causa, as finanças passam para segundo plano.
Em terceiro lugar, permitiria ao eixo franco-alemão consolidar a sua liderança, juntamente com o RU – a maior potência militar da UE.
A Alemanha poderia voltar a sonhar alto, desta vez pelo “Bem Comum da Europa”.
Em quarto lugar, haveria uma convergência de vontades da esquerda e da direita nesta aventura. A esquerda porque veria aqui uma possibilidade de reanimar o esclerótico modelo europeu e de afirmar a supremacia da união sobre os estados membros. A direita porque os falcões apoiariam uma postura militarista, de confronto com a ex-URSS.
Por fim porque o tio Sam, numa atitude incompreensível, não vê o perigo do rearmamento da Europa.
Espero estar muito enganado, até porque não há guerrazinhas. Há guerras e sempre devastadoras. Mas no actual desatino da Europa, tudo é possível.
Restará aos libertários o papel do velho do Restelo, caso as vontades se conjuguem para regressarmos ao Inferno.

4 comentários:

Anónimo disse...

Make Love Not War .

manel z disse...

Joaquim,

Já foi dar uma vista de olhos nas fotos das mulas de Hollywood?

Anónimo disse...

desde que foram ao cu da filha, nunca mais foi o mesmo.

Anónimo disse...

O nosso problema, é que desta vez não temos Salazar para nos safar.

atocadolobo