Uma guerrazinha vinha mesmo a calhar. Suspeito
que, infelizmente, é o que muita gente estará a pensar na Europa.
Em primeiro lugar, facilitaria uma
significativa centralização do poder na UE, pelos menos a nível da defesa e da
diplomacia.
Em segundo lugar, permitiria justificar o
regresso a uma política Keynesiana. Quando a segurança está em causa, as
finanças passam para segundo plano.
Em terceiro lugar, permitiria ao eixo
franco-alemão consolidar a sua liderança, juntamente com o RU – a maior
potência militar da UE.
A Alemanha poderia voltar a sonhar alto, desta
vez pelo “Bem Comum da Europa”.
Em quarto lugar, haveria uma convergência de
vontades da esquerda e da direita nesta aventura. A esquerda porque veria aqui
uma possibilidade de reanimar o esclerótico modelo europeu e de afirmar a
supremacia da união sobre os estados membros. A direita porque os falcões
apoiariam uma postura militarista, de confronto com a ex-URSS.
Por fim porque o tio Sam, numa atitude
incompreensível, não vê o perigo do rearmamento da Europa.
Espero estar muito enganado, até porque não há
guerrazinhas. Há guerras e sempre devastadoras. Mas no actual desatino da
Europa, tudo é possível.
Restará aos libertários o papel do velho do
Restelo, caso as vontades se conjuguem para regressarmos ao Inferno.
4 comentários:
Make Love Not War .
Joaquim,
Já foi dar uma vista de olhos nas fotos das mulas de Hollywood?
desde que foram ao cu da filha, nunca mais foi o mesmo.
O nosso problema, é que desta vez não temos Salazar para nos safar.
atocadolobo
Enviar um comentário