A vida, para os seres humano, é o principal
valor. Preservá-la é o Bem e destruí-la o Mal. Não me refiro aqui à vida de
cada indivíduo, mas à vida do conjunto dos indivíduos que constituem uma
colectividade, uma nação, ou até a própria espécie – o Homo Sapiens.
Na ausência de vida consciente, não existiriam
juízos éticos, nem Ética, nem Filosofia. A vida é portanto um fundamento
inquestionável da Ética e da Moral. A melhor maneira de a preservar é o melhor
código ético.
Gostaria de sublinhar que, na minha opinião (e
aqui discordo da Ayn Rand), a sobrevivência da espécie (tribo, família...) é mais importante do que a vida de cada indivíduo. Baseio esta
opinião no facto de cada indivíduo, isoladamente, não poder perpetuar a
espécie, e ainda na percepção de que quase todos os seres humanos compreendem a
necessidade de “dar a própria vida” por causas nobres (estou a pensar em
situações de guerra, por exemplo).
A evolução destilou um conjunto de normas
éticas (tradição) que procuram precisamente defender a vida. Procuram criar
condições para que todos os seres humanos possam “Crescer e Multiplicar-se”. Se
não nos multiplicarmos extinguimo-nos e lá se vai a Ética.
De umas centenas de milhares dos nossos
antepassados que emigraram de África há 200.000 anos, hoje somos mais de 7 biliões.
Este sucesso biológico resulta de praticarmos o Bem, mais do que o Mal.
Se refletirmos sobre o propósito da vida, em
termos físicos, também podemos concluir que tivemos sucesso. Uma população
maior tem mais capacidade para reduzir o gradiente de entropia solar.
Desempenhamos Bem a função que a natureza nos atribuiu.
A biologia já permitia uma avaliação
matemática das normas éticas: número de indivíduos, mortalidade infantil,
esperança de vida, etc. Agora, a física vai mais longe, permite calcular a
entropia que acrescemos ao ambiente, de forma rigorosa.
Por fim, é necessário ter consciência da
necessidade de equilíbrios. Reproduzirmo-nos é um Bem, mas esgotar os recursos
terrestres é um Mal. O que pretendemos é eternizar a vida da espécie, não é
criar condições para o fim da espécie.
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