27 setembro 2013

Voltando ao básico

Ética (no sentido de direito): O que se pode fazer/não fazer independentemente das considerações sobre dever não fazer/fazer. As violações de princípos éticos legitimam o uso da violência.

Moral: O que se deve fazer/não fazer apesar de ser legítimo não fazer/fazer. As considerações morais não justificam o uso (legítimo) da violência e a forma de premiar/punir a boa/má moral devem ser actos de inclusão/ostracismo social.

Agora, alguém tem um bom princípio sobre a sua divisão? Existe um, o dos direito de propriedade em presença. Que alternativas existem? 

Nada, parece-me, é  a arbitrariedade da opinião comum. É a legitimação da vontade geral (uma rendição do conservadorismo ao progressismo) para definir a realidade social, incluindo o do (suposto) uso legítimo da violência legal. O que conduz... a tudo o resto, não existem limites. O Estado Moderno ganha.

8 comentários:

Ricciardi disse...

Mas, diga-me uma coisa, não pode uma certa e determinada conduta ou prática ter um lado ético (pode fazer/não fazer) e moral (deve fazer/não fazer) em simultaneo??
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Por exemplo, o Aborto. É uma questão ética E moral ou apenas ética OU moral. Ou as duas em simultaneo??
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Outro exemplo, deixar de alimentar os filhos. Um pai Pode Fazer mas Não Deve (ética) ou Não Pode fazer e Não Deve fazer (Moral).
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E se Não Pode fazer e Não Deve fazer (ética e moral) isso dá direito a terceiros de usarem de uma penalização em forma de Castigo e Ressarcimento das vitimas, ou não?
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Antigamente o Castigo era fisico. Umas pauladas no pai, uma cruxificação, um apredrejamento. Nos dias de hoje, mais civilizados enfim, usasse o Castigo da privação da liberdade. Parece-me bem.
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A opinião social a respeito da conduta do pai não é chamada para o caso concreto. Porque não a resolve. Será mais uma consequência para o pai maluco que não alimenta o filho. Mas a opinião social não faz justiça prática alguma, já que o pai se se vir mal afamado numa terra mudará para outra e continuará as suas práticas.
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Rb

Ricciardi disse...

Em suma, um gajo mauzinho para os seus filhos (ética e moralmente falando) não pode esperar ter 'apenas' consequencias de ostracismo social. Um gajo desses tem de saber de antemão que, além do ostracismo social, leva mesmo com cadeia e lhe será compulsivamente retirado Salario presente e futuro para que alguém cuida dos seus filhos.
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Se eu fosse criminoso gostava de viver no mundo do CN. As consequencias seriam sempre dirimidas facilmente. Basta sair do meio onde me conhecem.
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Rb

Francisco disse...

Algumas hipóteses alternativas, só para animar:

- não existe um princípio universal que estabeleça a fronteira entre ética de moral. Vai-se indo e vai-se vendo, mudando conforme a história e a cultura porque o problema é demasiado complexo para respostas perfeitinhas.

- não existe ética separada da moral: é tudo moral porque em última análise a ética se resume a discutir quando se DEVE usar a violência como retaliação.

Ricciardi disse...

E o pai não tem que ter opinião acerca do modo como cria o seu filho. Refiro-me a coisas sérias e não a merdices educativas e condições socio-economicas, porque aí sim, cada pai tem de ser livre de educar o seu filho como sabe e pode.
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Um pai não pode nem deve deixar de alimentar o seu filho. Venham os Rothbardianos que vierem.
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Mas olhe, se quer que lhe diga, considero mais gravoso não alimentar um filho do que uma mãe abortar por questões que frequentemente a fazem abortar (pressão da familia, pobreza, violação, deficiencias etc) e que, mesmo não as aceitando, posso compreender.
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Eu nem acho que a este respeito, quando está em causa a Vida de uma pessoa, as maiorias possam deliberar acerca do assunto.
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Eu acho, sinceramente, que todo o bicho Homem nasce com conceitos bem definidos acerca da inviolabilidade da Vida. Acho que são coisas inatas. Talvez inscritas nos nossos genes pelo Altissímo. Não sei. Ou talvez seja um instinto que deveio da convivência social ao longo dos tempos.
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Rb

zazie disse...

Eu nem perco tempo com isto.

Não dá.

Ética e Moral são a mesma coisa.

Só os jacobinos é que fizeram a divisão para legislarem costumes.

Leia a Ética a Nicómaco que o Aristóteles explica as nuances de diferença de lei.

Sem isso, sem se saber do que se fala, só se diz baboseira.

zazie disse...

Uma vez ainda me dei ao trabalho de largar nas caixinhas passagens do texto e outras do S. Tomás mas não merece a pena.

O CN quando não quer ver, não vê nem pensa.

zazie disse...

É um rochedo de dogma ancap

AHAHAHAHHA

É mesmo- é a sua primeira religião.

zazie disse...

Ma nem sei para que serve isto.

Para andarem a converter palermas?

Só se for. Que para debate teórico isto é de tal modo baixinho que nem público se consegue.

A menos qu seja público mongo, idêntico aos público que o neo-marxismo tem.