19 setembro 2013

o segundo

Vem aí o segundo e, sendo dito por estrangeiros, é verdade com certeza.

13 comentários:

Ricciardi disse...

Um bem haja para o Pedro Arroja que tem postado, com sagacidade, e relevado alguns dos nossos defeitos pos 25 de abril. A desvalorizacao daquilo que é nosso ve-se, de facto, nas coisas comezinhas do dia a dia. E sao estas minudencias que fazem a diferenca. Principalmente na nossa balanca comercial.
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Os carros alemaes. Nós deixamos cair a UMM. A casal desapareceu. Os gringos, no tempo do reagan seguraram a harley davisson.
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Os pessegos paraguaios. Nós temos os melhores pessegos do mundo.
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Nós nao valorizarmos aquilo que é nosso. Só o fazemos quando nao temos dinheiro. Tendo dinheiro desatamos a comprar estrangeiro.
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Eu nao sei se isto é defeito da cultura católica, os italianos nao sao assim.
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Rb

Ricciardi disse...

Mas, enfim, é exatctamente porque eu acho que os portugueses quando tem dinheiro desatam a comprar estrangeirices, que considero que o ajustamento da nossa balanca comercial é aparente e temporario. O pessoal deixa de importar porque ficou sem graveto. Mal o tenha desata a comprar moveis italianos, carros alemas, vinho frances, pessegos paraguaios.
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A verdadeira reforma, aquela que precisamos, nao foi e nao está a ser feita. Merchadising educativo. Vender ao povo portugues o orgulho de consumir a marca nacional.
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Rb

zazie disse...

Isso fez o Estado Novo.

Os portugueses já foram patriotas. V.s é que nasceram depois.

Ricciardi disse...

Se vcs reparem bem, quando estao num hotel em portugal de ferias, observamos coisas incriveis. O parque de estacionamento tem carros alemaes e italianos e franceses no valor de milhoes de euros. As cozinhas e as salas e os quartos sao equipados com samsungs, e mieles, sonys. Os motores das piscinas sao estrangeiros. As maquinas de cortar relva sao japonesas ou alemas. A unica coisa que eu vejo portuguesa nos hoteis porugueses sao os vinhos e a s rolhas. Um sapato ou outro de um bife é feito em guimaraes. Talvez uma camisa.
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A carne vem do brasil ou da holanda. As frutas da conchichina. Até as bananas pequeninas sao estrangeiras, quando temos as da madeira.
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É uma difenca desproporcionada de Valor.
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Vendemos-lhes o servico e o sol e o mar, mas podemos e devemos participar com maior Valor nas coisas.
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Rb

Ljubljana disse...

"Um sapato ou outro de um bife é feito em guimaraes"

No Troia Design tem um sapato português,...lá esquecido por uma tal Joana Vasconcelos.

zazie disse...

eheheh

As bananas madeirenses tramaram-se. Estão a baixo da escala da normalização europeia.

Anónimo disse...

A normalização europeia é um crime contra a humanidade... JRF

Anónimo disse...

Caro RB... E a qualidade existe? Pense bem... Olhe que a lista é curta...
O material alemão deixou de ser forte e feio há muito... Agora o design é de topo mundial... Esse trabalho foi feito, não nasceu ontem. Além disso muitas empresas são mais que centenárias tb não nasceram ontem... O português abre una empresa de comissões num vão de escada e quer ser como o alemão... -- JRF

Ricciardi disse...

Não sei JRF. Eu tb já pensei assim. Mas depois observo coisas distintas que me vão alterando as ideias.
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Por exemplo, parece que os Estaleiros de Viana fazem coisa boa e de qualidade superior. E no entanto está no charco. Vai ser vendida ou desmantelada.
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Não está em causa a qualidade, está em causa a capacidade de gestão.
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Numa altura em que nunca se vendeu tanto navio como agora a empresa vai fechar.
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Problemas de gestão e politica misturados.
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A Casal produzia motas que as pessoas gostavam. Qualidade questionavel, mas vendia muito porque eram em conta e havia muitas peças baratas produzidas em dezenas de fabricas. Os japs entraram e vilipendiaram-na sem dó nem piedade. Merecidamente.
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Problemas de gestão, novamente. Adormeceram e não se actualizaram.
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Quer dizer, nós até somos bons a produzir e parece-me que ao nível do design até temos bom pessoal, mas falta-nos escala.
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Nunca a teremos. Somos poucos. Ninguém começa um negócio de venda ao retalho exclusivamente para exportação. Requer muito investimento nos paises de destino. Normalmente consolidam no mercado interno e depois partem para fora.
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O problema é que volta e meia desatam a molestar as nossas empresas. Atingem-nas com tal violencia fiscal, restrição salariais etc que não há boa ideia que resista.
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A quantidade de boas marcas portuguesas que desapareceram é incrivel.
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O JRF é do Porto, não é?
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Pois bem, há uns tempos entre naquela loja perto da torre dos clerigos que me parece que é de uma moça do bloco de esquerda. Uma Loja fantastica. Cheia de produtos portugueses de outros tempos. De todo o tipo de produtos e que desapareceram.
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Ali um gajo pode dizer, bolas, nós faziamos coisas tão boas, ao nível do melhor que havia no mundo e desapareceu tudo.
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Rb

joserui disse...

Porto sim... é a Vida Portuguesa da Portas... projecto meritório acho eu.
Uma coisa que o PA falha constantemente é na questão de vivermos isolados com o que é nosso, como se o Mundo não estivesse totalmente mudado e o tempo não tivesse passado...
Eu não digo que o português não saiba produzir bem, mas digo que cultura de qualidade não está instalada... não sei se estaria antes do 25A... também havia menos hipótese de comparação.
As marcas portuguesas nunca se impuseram... os produtos portugueses internacionalizados foi pela mão de estrangeiros... precisávamos de judeus aqui.
As que ainda existem é fachada... eu como bolachas Triunfo e estou a enriquecer a Kraft, mais uma dessas mega empresas sem rosto... é o grande defeito do capitalismo... o monopólio é inevitável. -- JRF

joserui disse...

O desmantelamento dessa indústria pesada (que não exactamente ao que me refiro) podem todos agradecer aos comunas, ao 25A, Lda. -- JRF

joserui disse...

E depois caro RB já tínhamos discutido isso... os sapatos podem ser dos melhores do Mundo e são, mas o valor acrescentado não fica cá... fica muito pouco... uma fracção do que poderia ficar... -- JRF

Vivendi disse...

Vira aí as costas Paulinho (PP).