04 junho 2013

uma política errada

O Infarmed garantiu hoje que no primeiro trimestre do ano foram consumidas mais 235 mil embalagens de medicamentos do que em igual período no ano passado, num comunicado emitido a propósito de notícias relativas à acessibilidade dos remédios.

"Nos últimos dois anos o preço médio do medicamento baixou cerca de 14% e em 2012 foram consumidas mais de 5 milhões de embalagens", aponta no texto o Infarmed [Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde].

Para aquela entidade, "estes dados são objetivos e representam a realidade da acessibilidade ao medicamento no mercado nacional".

Ionline

Comentário: Portugal é um dos países do mundo com maior consumo de medicamentos. O facto de este consumo estar a aumentar, como sublinha o Infarmed, não é elogiável. Pelo contrário, demonstra uma política do medicamento errada.

7 comentários:

Luís Lavoura disse...

Comentário muito correto.

Anónimo disse...

Questões:
1) Mas o autor quer culpar o doente pelo consumo de medicamentos que exigem prescrição médica ?
2) A gestão dos canais de distribuição por parte dos laboratórios é realizada através de agentes passivos, sem vontade própria ? O laboratório obriga o médico a prescrever ?
3) Se por “política do medicamento” se entende a política de comparticipações (pré-pagas pelos próprios contribuintes através dos impostos) isso significa que a existência de um preço líquido atractivo é dominante relativamente à prescrição médica ? O doente obriga o médico a prescrever ? O médico prescreve medicamentos de que o doente não necessita ?
AS

marina disse...

é só uma política errada : os políticos nos estão a por a todos doentes . é que resta saber se o mesmo número de doentes consome mais medicamentos ou..se há muitos mais doentes. aposto na 2ª hipótese :)

Anónimo disse...

Qual é a política do medicamento certa?
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- I Know, i know, colocar os preços mais caros para o pessoal os não poder comprar.
- Eu sei, eu sei, conseguir educar os médicos para que estes deixem de prescrever tantos medicamentos. A alternativa tambem pode passar por oferecer viagens a Bora Bora aos médicos que prescrevam menos medicamentos do que a média. Inverter a lógica mercantilista da coisa, enfim, mantendo os interesses reais.
- Je sais, je sais, descomparticipar medicamentos que não tratam doenças (pilulas) ou reduzir comparticipação a medicamentos não essenciais.
- Ich weiß, ich weiß, aceitar com tranquilidade um aumento de valor negativo nos macro indicadores da saúde, racionando a quantidade disponivel independentemente da gravidade da doença.
- io so, io so, instruir os laboratórios (militares e outros)a produzir medicamentos a bom preço.
- Lo se, lo se, um medicamento prescrito e co-financiado fortemente pelo estado ou por uma seguradora dá a sensação ao pessoal que, afinal, o preço da coisa é baixo, não sendo.
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O que eu sei, claramente, é que os portugueses não devem ser mais doentes que os outros comparáveis. Sendo assim, parece-me que nenhuma medida é tão eficaz quanto seria a de educar os médicos a prescrever com bom senso. Afinal de contas os médicos são a fonte da prescrição. Se um médico não prescrever um bom português acha que se trata se um mau médico.
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Para os obrigar a ter bom senso eu faria um cadastro individual por médico onde se podia publicar o ritmo prescritivo de cada médico... por marca de medicamento, laboratório etc.
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Rb

zazie disse...

very well, very, mister da cubata

Anónimo disse...

É preciso lembrar que mais embalagens vendidas não corresponde necessariamente a mais medicamentos vendidos. Foram tomadas recentemente medidas para reduzir o nº de unidades por cada embalagem, no sentido de se evitar desperdícios.
Claro que se acaba por gerar outro tipo de sobrecustos. Aí, continuamos a ver entravada a possibilidade de seguir o exemplo do outro lado do Atlântico, onde é possível comprar um frasco de acetaminofeno (aproximado ao paracetamol) com 500 comprimidos.

Anónimo disse...

Quando era jovem médico havia embalagens de 250 e de 500 comprimidos de medicamentos, alguns não tão inúcuos como a água — para a tensão para as dores, etc.