Absolutamente nenhuma dívida tem sido paga e ela não pára de crescer. A isso chama-se austeridade extrema.
2) Renegociar a dívida
Uma questão em boa verdade, indiferente. Os "anti-austeridade" no fundo percebem que o "seu" problema não é "pagar a dívida", porque esta não se está a pagar de todo. Os "anti-austeridade" o que querem e precisam é que os credores financiem o crescimento de dívida de forma ainda mais acelerada do que neste momento a troika já actualmente concede.
Renegociar a dívida apenas diminui o stock de dívida a precisar de ser renovada. Mas isso já ocorre por pressuposto (a dívida que vai vencendo é substituída pelo novo credor com origem na troika). Mas o ponto chave é a necessidade de aumentar o stock para além de renovar a anterior.
A única distinção entre mais ou menos austeridade, hoje em dia, é: crescimento de dívida a cada dia que passa a ritmo elevado ou muito elevado.
3) Que se lixe a troika
Ora bem, isto é que era mesmo preciso para uma austeridade real. Sem credores, não só deixávamos de ter dívida a crescer para financiar despesa corrente do estado, como seríamos obrigados a entrar em default.
Ou seja: default + défice 0 por natureza de credores desaparecerem + probabilidade alta de falência de bancos + perda de depósitos.
Portanto, que se lixe a troika é realmente o caminho mais ortodoxo e tudo o que daí ocorrer é colectivamente merecido. Em especial o perdido por elites (de que alguns de nós acaba no fundo por fazer parte), quem pouco tem, pouco tem a perder, e eu diria, até muito a ganhar.
Mas é isso que quem quer que a troika se lixe, deseja? Não, o que querem é arranjar forma de os mesmos que em tese, perdoariam qualquer stock de dívida anterior, sejam os mesmos a financiar maior ritmo crescimento de dívida logo a seguir.
Conclusão:
Parece ser melhor ir cumprindo com reduções progressivas do défice que permitam que o crescimento da dívida possa simplesmente desacelerar.
Um perdão ou hair-cut controlado pode ter ultilidade? Sim... Se tomarmos como certo défices reduzidos ou anulados e seja possível resolver o que tal significa para os bancos.
Mas o que pretendem é aplicar as mesmas teorias estimulativas falaciosas que têm deixado o país estagnado mesmo na pré-crise. Ou seja, querem um perdão para repor outra vez e rapidamente o mesmo stock de dívida.
2 comentários:
ahahaha!!! Ou seja, venha o diabo e escolha, porque condenados já estamos, não sabemos é qual vai ser a "pena"!...
Por acaso, gostava de viver uns meses neste País, com deficit do Estado a zeros!!! Acho que ia ser cá uma tourada, das antigas!...
Aumento das importações… envio de dispositivos sanitários de uso único???? para uma empresa alemã de reprocessamento.
Pela parte do Presidente do CA do Hospital São João
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3263927#.UbK9lwrxJDs.facebook
O que diz o Infarmed sobre isto?
Aspectos técnicos
Os processos de limpeza, desinfecção e esterilização utilizados pelas Instituições de Saúde podem não garantir a inactivação de todos os microorganismos existentes no dispositivo, sobretudo naqueles que, pelo seu desenho ou pela natureza dos seus materiais, apresentam áreas de difícil acesso ou de difícil penetração pelos agentes físico/químicos utilizados. Na realidade, um processo adequado e validado para um dispositivo destinado a ser reutilizado, pode não ser o adequado para um similar de uso único. A garantia da adequação do processo de limpeza e/ou descontaminação necessita de ser suportada pela sua validação frente ao produto em causa. Isto implica a realização de estudos microbiológicos e estudos físico-químicos que permitam garantir a manutenção das suas características e estudos de toxicidade e resíduos. Para além do risco de infecção, há que considerar a reacção a endotoxinas bacterianas, as quais não são inactivadas pelos processos de esterilização, assim como, o risco de transmissão de doença do tipo Creutzfeldt-Jakob e suas variantes. Também neste último caso, as proteínas (priões) associadas à doença são dificilmente inactivadas pelos processos de limpeza, desinfecção e esterilização convenientemente utilizados nos dispositivos médicos.
O reprocessamento e a reutilização de dispositivos de “uso único” podem também induzir alterações no desempenho do dispositivo e aumentar os riscos associados à sua utilização.
A migração de constituintes do próprio dispositivo ou de agentes químicos adsorvidos ou absorvidos durante os processos de limpeza, desinfecção e/ou esterilização poderão implicar riscos consideráveis.
(…)
Conclusões
Considerando o exposto, o INFARMED enquanto Autoridade Competente para os dispositivos médicos não activos, alerta para os riscos potenciais decorrentes do reprocessamento e da reutilização de dispositivos médicos destinados a uma única utilização.
In: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=44633
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