19 fevereiro 2013

para que serve uma constituição?

Essencialmente para estabelecer um regime político e as suas regras. E impor o absolutismo do direito positivo que daí emana. E assim uma constituição tende a criar direitos onde eles não existem e a capacidade interpretativa de violar todos.

O direito civil é mais a nossa constituição e a nação cultural a nossa identidade. O resto é poder, vai e vem. O melhor poder é o que é menos poder. Tal como a maior autoridade é a que se impõe voluntariamente (ex: a Igreja). Um Rei que pouco faça ou diga é uma boa ideia. Faz muito se defender o povo contra a demagogia de uns e o instinto de matilha de todos.

9 comentários:

Luís Lavoura disse...

Um Rei que pouco faça ou diga é uma boa ideia.

Se faz pouco e diz pouco, então para que serve? Para gastar dinheiro aos contribuintes?

Luís Lavoura disse...

a que se impõe voluntariamente (ex: a Igreja)

A Igreja raramente foi (na Europa) uma autoridade que se impôs voluntariamente. Desde o tempo do imperador romano Constantino que a autoridade da Igreja está, na Europa, estreitamente associada à autoridade do Estado. O Estado é aliado da Igreja e a Igreja é aliada do Estado.

CN disse...

Luís

Se a Igreja não é essencialmente voluntária o que dizer dos Estados?

Fazer pouca e falar pouco é fazer muito. Pouca gente consegue tal coisa.

lusitânea disse...

No caso Português convinha começar pelo princípio.Definir o que é "povo".Isso de nos andarem a obrigar a salvar o planeta...

lusitânea disse...

Os militares romanos que apoiaram Constantino na tomada do poder optaram por uma religião única como factor de coesão e unidade de comando.Coisa que fez sobreviver o império até ao sec xv...aliás destruído pelos "avançados" da época.

muja disse...

Fazer pouca e falar pouco é fazer muito

Ahahah. Então ó CN, V. não vê que está a falar com um democrata rico-de-espírito?

Se eles não falassem serviam para quê? Já viu a seca democrática que era se no Palramento, em vez de falarem muito de coisa nenhuma, falassem pouco de algumas coisas importantes?

Luís Lavoura disse...

CN,
você fugiu às minhas questões.
Eu não digo que falar pouco seja fácil. O que perguntei foi, para que serve um rei se fala e faz pouco? Para que hão de os contribuintes estar a gastar dinheiro com um rei que fala e faz pouco?
É claro que a pertença à Igreja é voluntária. Mas a autoridade da Igreja é em grande parte, nos países europeus, fornecida ou fortalecida pelos Estados. Os Estados conluiados com a Igreja fazem leis restritivas que limitam a liberdade dos cidadãos. Os Estados fornecem bens e facilidades à Igreja.

Anónimo disse...

Luís Lavoura para que serve um rei que fale muito e faça muito?

Vivendi disse...

Vou responder com a minha resposta o post do Rui A.

Rui A.

Já que tocou no Brasil. Vamos lá dissertar por esta via. A independência do Brasil não foi permitida por uma monarquia constitucional a soldo da maçonaria inglesa?

O maior atentado na destruição do império português.

O que Portugal e o Brasil ganharam com isso?

E não me venha com desculpas relativistas.

Tradição sempre para as constituições eu viro o cu.