19 fevereiro 2013

elites disfuncionais - SMN

Sempre que a crise aperta as nossas elites não se coíbem de propor aumentar o proibicionismo de aceitar e oferecer emprego mais conhecido por Salário Mínimo Nacional.

O João Cortez escreveu sobre isso no Insurgente e eu complementei com o comentário:

"Há outro efeito muito pernicioso. O SMN é fixado tendo em conta a produtividade e rendimento da capital (e vá lá das cidades principais) não provocando grandes males. Mas em regiões com metade do rendimento médio da capital ou muito abaixo da média nacional é provavelmente desastroso em especial se a repressão sobre a economia paralela e informal aumentar: - os micro e médios empresários estão impossibilitados de iniciar uma actividade de baixa produtividade (relativa) e assim de oferecer emprego tal como os trabalhadores de o aceitar. O resultado será o desemprego local estrutural e a deslocação para as cidades e litoral e a desertificação de trabalhadores e empresários."

Os males que a fixação de preços mínimos compulsórios introduzem são perfeitamente justificados apriori (e os dados históricos pouco podem fazer sobre isso), mas para quem gosta de números onde os há, e utilizando o segmento que será mais sensível ao SMN, o emprego de adolescentes nos EUA, aqui está uma visualização elaborada por Robert P. Murphy.


5 comentários:

Luís Lavoura disse...

em regiões com metade do rendimento médio da capital ou muito abaixo da média nacional é provavelmente desastroso

Há já muitos anos que a região portuguesa com maior dinamismo económico e maior capacidade de resistência à crise tem sido a região Centro, que é uma região com rendimento bastante abaixo da média nacional.

Esta exemplo informa a tese acima.

Luís Lavoura disse...

No comentário acima, "infirma" e não "informa".

CN disse...

Não. A região centro tem produtividade acima das outras. Não sabemos o papel da economia informal (fora da imposição da lei) no arranque da região centro. Neste momento como já alcançou um dado patamar de produtividade deixou de ser significativo.

muja disse...

Pois, os obscurantistas do Estado Novo também pensaram nisso, quando se discutiu o salário mínimo.

Optaram por começar a regularizar dentro das corporações até os salários estarem mais ou menos equivalentes transversalmente às ocupações.

Mas não... O salário mínimo, essa grande vitória de Abril!

Cambada de palermas.
90% dos políticos democratas nem para dar serventia nas obras serve. Nem servia na altura.

muja disse...

Claro que eles tinham corporações. Nós temos... merda nenhuma.

Muito melhor...