03 janeiro 2013

Público aumenta 10%


A minha rotina das manhãs é comprar o jornal e tomar um galão e uma torrada. A escolha do diário recai quase sempre no Público, embora um diabrete me sopre ao ouvido para espreitar as páginas de “relax” do JN e do DN. Mas resisto à tentação e deito a mão ao Público, nem sei bem porquê uma vez que o jornal é uma agressão intelectual para um libertário como eu. Talvez haja aqui uma certa dose de masoquismo... uma espécie de fustigação mental por ter contemplado as capas do JN e do CM ou, Deus me livre, ter pensado em comprar a revista Happy. A I. repreendeu-me de forma tão persuasiva da última vez que cheguei a casa com um exemplar desta revista que até o nome “Happy” ficou soterrado nas catacumbas do meu inconsciente.
Mas voltando ao Público, hoje constatei que já não custa 1,00 €, mas sim 1,10 € — um aumento de 10%. Porquê? Melhoraram o produto? Não! Do jornal de hoje limitei-ma a ler a crónica do Pedro Lomba. A do MEC, “Derrideiramente” não me interessava e do resto... nem é bom falar, já não valia 1,00 € ...
Se o que procuro é satisfazer um impulso masoquista, talvez seja mais adequado e económico mortificar-me com um cilício ou ver 10 minutos diários da Casa dos Segredos. Ou será que pretendo apenas convencer-me de quão inteligente sou ao verificar tanta estupidez exposta preto no branco? Nesta última hipótese, o melhor é voltar à Happy e devotar-me a dar umas “aulas” a umas manicuras e cabeleireiras, que a I. diz que são as clientes desta revista, que por certo me vão achar um crânio e recompensar por todo o esforço e carinho que possa vir a dedicar a esta tarefa.
Sempre será mais gratificante do que continuar com o Público.

15 comentários:

Vivendi disse...

Pregam a má austeridade aos 4 ventos e em vez de baixarem os preços aumentam.

Portugal tem de deflacionar para as pessoas recuperarem o nível de vida causado pela baixa de salários.

Por este caminho o Público vai ao encontro da falência.

Anónimo disse...

Olá Zazie,
Reparou que lhe deixei um post no sapatinho, a enaltecer a sua admiração pelo Dragão?
:-)

muja disse...

Tome lá Joaquim, não precisa de agradecer...

http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/ordemnova/ordemnova.htm

Anónimo disse...

Não é necessário, nos dias de esbulho que correm, ter melhor produto para acrescentar valor ao mesmo. É mesmo racional aumentar os preços para pagar impostos.
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Rb

Vivendi disse...

É mesmo racional aumentar os preços para pagar impostos.

Quem está primeiro as pessoas ou os impostos???

Anónimo disse...

Caro Vivendi,
Claro que não é racional. Os preços resultam do mercado, não resultam dos custos.

Vivendi disse...

Nem mais caro Joaquim. Votos de bom ano.

Anónimo disse...

Pois, é o diabo, quando o custo do traballho diminui as empresas tem duas consequencias possiveis: ou melhoramos os resultados nao mexendo nos precos de venda ou baixamos o preco de venda para manter os mesmos resultados. Uma opcao ou a outra depende apenas do factor concorrencia. Mas quando os custos aumentam, por via fiscal ou outra qualquer, para manter os resultados só existe uma opcao: aumentar os precos de venda. O gajo que nao o fizer, das duas uma, ou está disposto a apostar em produzir maior quantidade para compensar a reducao na margem, ou baixa resultados.
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No entanto, os custos fiscais sao factores rigorasamente iguais a toda a concorrencia. Ou seja, quando aumentam os impostos sobre as empresas estas automaticamente os fazem reflectir no consumidor. Mas como o esbulho se alarga ao consumidor tambem, a procura agregada diminui, levando a que as empresas tomem duas opcoes: cortar noutros custos, às vezes com impacto na qualidade do proprio produto, ou baixar os precos de venda. O efeito das duas é o mesmo e rumam à falencia. Só sobrevivem as empresas com accionistas mais, digamos, fortes que vao tendo a fezada de ir injectando dinheiro ou ganhando menos a ver se a coisa é passageira.
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O melhor exemplo disto sao os bancos. Cada impostozinho ou taxa que seja criado é imediatamente reflectido no cliente.
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Rb

joserui disse...

Reparou Joaquim... a Zazie repara em tudo... e não lhe ligou pevide... -- JRF

Anónimo disse...

Se o governo pensa que o amento de impostos nao tem impacto no nivel de precos,pois, sofrem da mesma anjolice do caro vivendi e do joachim.
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Quando falamos do ze da esquina, o tipo aguenta-se ganhando menos m bocadinho e tal, mas quando tratamos de empresas maiores, em que a importancia de remunerar o accionista em bolsa ou nao é determinante para a manutencao do conselho de administracao, torna-se decisivo a opcao por manter resultados subindo os precos de venda. É por isso que as grandes empresas reflectem imediatamente os custos fiscais na clientela. E para nem correrem risco de haver uma ovelha negra no mercado cartelizam os precos. Por isso é que assitimos em Portugal a uma onda de aumentos generalizados. Nos bancos, os jornais, nas gasolineiras, etc. Às vezes disfarçam bem a coisa, como é o caso das gasolineiras. Combinam subir precos em momentos diferentes. Uns sobem no primeiro trimestre e outros no segundo. Só para despistar os fiscais ani-cartel.
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E andamos nisto, alegres e contentes, a ser esbugalhados fiscalmente pelo governo com as implicações obvias ao nivel das falencias, dos precos, e mais uma serie de merdas.
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Rb

Vivendi disse...

Por isso é que assitimos em Portugal a uma onda de aumentos generalizados. Nos bancos, os jornais, nas gasolineiras, etc. Às vezes disfarçam bem a coisa, como é o caso das gasolineiras. Combinam subir precos em momentos diferentes. Uns sobem no primeiro trimestre e outros no segundo. Só para despistar os fiscais ani-cartel.

Aumentam os preços e vendem menos na tentativa de manter os mesmos resultados. Por exemplo, o Pingo Doce se fizer uma redução de 20% nos preços até pode ter melhor resultados que o do ano transacto.

E um conselho aos portugueses que entre estar a gastar e a pagar mais caro pelas coisas o melhor é poupar mesmo. O cliente tem sempre razão. Comprem a quem lhes dê vantagens e onde se for obrigado a consumir é reduzir ao máximo.

Vivendi disse...

Como a economia tem de ajustar por Inês Domingos da Macrometria:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=7WBsqO1UYAs

Vivendi disse...

Quanto à questão dos impostos o governo tem de cortar na despesa do estado para diminuir o quanto antes os impostos e ser possível voltar a empreender em Portugal.

Simples assim...



Anónimo disse...

Caro joserui,
Portou-se como uma senhora, para variar ahahah
Fico é com pena que toda a sua grande admiração pelo dragoscópio se tenha baseado no Tarzan e na Jane :-)

cigano disse...

A forma mais eficaz de acabar com o lixo impresso em que se transformou o "púbico" da sãozinha, é deixar de "gastar" nas mercearias do patrocinador...
P.S. Lomba e VPV são as cartas fora do baralho naquele aterro sanitário de escreventes e serviçais.