08 dezembro 2012

o futuro da promiscuidade

O Andrew Sullivan, um autor a quem em tempos pus a alcunha de "mulher do soalheiro", defende agora, neste artigo, um estilo de vida a que chama "promiscuidade digna". Interessante este modo de usar as palavras, como se a promiscuidade sexual algum dia pudesse vir a ter dignidade.
Em português há uma expressão quase equivalente a esta da promiscuidade digna que é "puta séria", mas que é utilizada apenas em sentido jocoso e nunca com as pretensões sociológicas que o Sullivan atribui à promiscuidade digna. Mas vamos lá ao conteúdo do artigo referido:

‹A promiscuidade será para sempre um apanágio dos gays? Penso que não. Mas também penso que a sociedade se irá tornar cada vez mais tolerante do que poderíamos chamar promiscuidade digna: casamentos e relações abertas, em que as externalidades negativas da promiscuidade são tratadas na sua origem, com respeito pelo sexo seguro, mesmo no âmbito de uma ética que permita uma vida sexual mais interessante. Eu diria que os heterossexuais se vão tornar mais promíscuos e que os gays se vão tornar menos promíscuos, e que vai surgir um meio-termo.››

Enfim, o comportamento dos heterossexuais evoluiu ao longo de centenas de milhares de anos e não é influenciável pelo estilo de vida gay. No mundo heterossexual a infidelidade não se chama "externalidade negativa da promiscuidade" e não é tolerada porque os relacionamentos heterossexuais têm consequências e é isso que os torna sagrados.

PS: O link do 31 da Armada para o blogue do Andrew Sullivan está desactualizado.



1 comentário:

BLUESMILE disse...

As estatísticas indicam que os heterossexuais são bastante promíscuos, sobretudo os homens.