13 novembro 2012
o humanista com a guilhotina
Pedro Mota Soares anunciou que quer debater medidas de “incidência legislativa que possam responsabilizar as famílias” e que vai contar com “contributos da CNIS”.
O vice-presidente da CNIS, Eugénio Fonseca, diz ao i que a ideia é penalizar os “abandonos propositados”. “Há uma penalização que me parece evidente. Estes filhos deviam ser deserdados de qualquer bem que o idoso pudesse ter. Por outro lado, aqueles que têm condições económicas deviam ser obrigados a comparticipar os encargos em lugares apropriados, mesmo se para isso for preciso descontar nos seus rendimentos ou nos seus vencimentos.”
Eugénio Fonseca alerta, porém, que os familiares não devem ser obrigados “a ter os idosos consigo, já que, em alguns casos, poderia conduzir a situações de negligência ou até de maus-tratos”.
O também presidente da Cáritas Portuguesa diz ter conhecimento de casos “desumanos”. “Às vezes até no banco de jardim são abandonados”, lamenta Eugénio Fonseca, acrescentando que o Natal e as férias de Verão são as alturas em que existem mais casos. “Para terem tempo disponível para irem de férias usam muito um estratagema que é deixá-los nas urgências dos hospitais”, relata o vice--presidente da CNIS, que afirma que não podemos confundir estes casos com os das famílias que “tardam em ir buscar os idosos porque, apesar de ser dada alta clínica, não têm condições para os ter em casa sem os pôr em perigo”.
Ionline
Comentário: Depois de cumprirem com as suas obrigações fiscais, os portugueses não ficam com dinheiro para mandar cantar um cego, quanto mais para assumirem os tais ‹‹encargos em lugares apropriados (mesmo se para isso for preciso descontar nos seus rendimentos ou nos seus vencimentos)››.
Se isto é o Estado Social, vou ali e já venho.
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11 comentários:
O problema nem é esse. É mesmo a ideia descarada de que o Estado deve impor às pessoas uma certa moral.
Não é o Estado social. É mais o Estado policial. Depois de esbulhar as famílias, de penalizar ao máximo o que trabalham, depois de estoirar com as reformas dos velhos, desruir as redes básicas de suporte social que aida existem , o Estado vem agora criminalizar a pobreza. O abandono de velhos tem a ver com pobreza.
Exacto
Eu não disse ontem.
Mas para o folclore sobra e há-de sobrar.
Porque estes imbecis andam há anos a vender a mentira que não existem velhos- são todos novos.
Para isso sabem gastar pipas e sustentam luxos a toda a tralha que os entretém.
Para os velhos doentes e acamados, não há.
Não há pura e simplesmente. O que há privado é caríssimo e do Estado só com cunha.
Não sei se há fome , como a outra disse, agora que há condições de miséria terceiro-mundista, há.
Eu própria desconhecia. Soube muito recentemente e foram as raparigas que tratam deles que me contaram.
Casos de velhos a viverem sem casa de banho, em casas com paredes caídas e buracos no chão. Elas até dizem que têm medo de lá ir.
lavam-nos em alguidares de plástico no chão e aquecem a comida em fogões de campismo.
E é nestes que aparecem os que vêm com escaras tamanhas do hospital que contou-me uma que tinham de levar máscara na cara por causa do cheiro.
E as enfermeiras lavam aquilo com vinagre.
Não há um documentário acerca disto.
Ninguém sabe. estragava o folclore dos sexagenários na maior em folias com animadoras e psicos e terapeutas e nutricionistas e sei lá mais o quê que têm tacho vitalício.
Quanto a família há-de existir de tudo. Também me contam que chegam a viver irmãs malucas a tomarem conta de velhos cancerígenos.
Há um mundo sórdido que estes fdp não contam e que agora ainda querem perseguir e policiar.
E querem para imitar o estrangeiro- o estrangeiro rico.
Porque, nesse estrangeiro rico já descobriram uma maneira de não existirem estes casos de velhice dependente e doente- que estraga o mito da juventude eterna- a eutanásia.
E ainda ha aqueles que prendem os familiares numa cave alimentados a latas de sardinha para assim puderem esbanjar a sua reforma.
Elaites
Na expressão "depressão econômica" há a palavra "depressão".
82 anos após a fundação da União Nacional, é interessante notar que o rigor e os seus concomitantes miseráveis estão de volta.
Parabéns aos demagogos e aos plutocratas.
A geração que colocou Portugal no caminho do progresso é bem agradecida por aqueles que traíram a memória do país.
38 anos depois de Abril, os Portugueses tornaram-se os tapetes e os trapos da Europa.
Parabéns camaradas. Obrigado grandes famílias.
A falta de vontade nacionalista é uma ferida aberta para nós e para as futuras gerações.
Os comunistas, que dizem defender o povo, ganhariam a fazer suas autocríticas.
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